O dólar comercial iniciou o ano com tudo. Nos três primeiros pregões de 2022, a moeda norte-americana acumulou ganhos de 2,54% e chegou a R$ 5,71. No entanto, a divisa perdeu força na sessão de ontem (6) com o cenário internacional mais calmo.
Isso também ocorreu nesta sexta-feira (7) e o dólar caiu 0,82%, fechando o pregão cotado a R$ 5,6325. A valorização de mais de 2% caiu para 1,04% na semana. Ainda assim, o ganhos semanal mostra que a divisa segue firme em 2022, até porque a última vez que o dólar fechou um pregão abaixo de R$ 5,00 foi em 30 de junho do ano passado (R$ 4,9728).
Nesta sexta, os investidores ficaram atentos à divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano. Em resumo, os Estados Unidos criaram 199 mil vagas de emprego em dezembro. Esse valor ficou abaixo do saldo de novembro (249 mil) e frustrou projeções de analistas, que apontavam para a criação de 400 mil novos postos de trabalho no país.
A expectativa é que o ritmo do mercado de trabalho dos EUA fique menos expressivo devido à variante Ômicron. A saber, os casos de Covid-19 estão explodindo no planeta, com a maior média diária desde o início da pandemia, de quase dois milhões de registros. E os EUA seguem como o país mais afetado.
Alta de juros nos EUA também fortalece dólar na semana
Nesta semana, os investidores também ficaram atentos ao Federal Reserve (Fed), banco central americano. Isso porque o BC dos EUA divulgou a ata da sua última reunião, que definiu para março o encerramento dos estímulos na economia americana. O documento revelou que os juros no país podem subir mais fortemente do que o esperado no ano.
Em resumo, a inflação nos EUA segue bastante elevada e o Fed sofre pressão para elevar os juros e, assim, conter a disparada da inflação. Esse fato é bastante positivo para o dólar, pois juros mais altos aumentam a rentabilidade dos títulos soberanos do país, considerados o ativo mais seguro do planeta.
Dessa forma, a tendência é que haja aumento do ingresso de recursos nos EUA, fortalecendo o dólar. E isso fez a moeda americana fechar a primeira semana em alta.
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