O dólar encerrou o pregão desta quinta-feira (2) em leve queda de 0,21%, cotado a R$ 5,6585. A saber, o recuo interrompeu uma sequência de quatro avanços consecutivos da moeda norte-americana. Contudo, a divisa ainda acumula expressiva no ano ante o real, de 9,09%.
Muitos investidores ficaram ainda mais atentos à PEC dos Precatórios. Isso porque a proposta foi aprovada nesta quinta-feira no Senado Federal. No entanto, a PEC retornou à Câmara dos Deputados, pois sofreu algumas alterações.
Em resumo, a proposta adia o pagamento dos precatórios (dívidas da União já reconhecidas pela Justiça) e altera o teto de gastos (regra que limita as despesas do governo à inflação de 12 meses).
A expectativa é que a PEC gere uma folga fiscal de R$ 106,1 bilhões, ou seja, o governo terá mais dinheiro para realizar gastos em ano eleitoral. Aliás, a PEC é a principal aposta governista para pagar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.
A propósito, boa parte do mercado torce para a aprovação da PEC o quanto antes. Não que o adiamento das dívidas do país seja uma coisa boa, mas, pelo menos, reduz as incertezas sobre o futuro. Até porque, em um caminho definido, reduz-se especulações sobre nova decretação de estado de calamidade ou novos aumentos de gastos públicos.
Além disso, o dólar também vem sofrendo influências do exterior. As preocupações em torno da nova variante da Covid-19, a ômicron, seguem presentes. Em suma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a ômicron como uma variante de preocupação e afirmou que a variante representa um “risco global muito alto”.
Dados domésticos repercutem entre os investidores
Nesta quinta, os investidores também repercutiram os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A saber, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil recuou 0,1% no terceiro trimestre deste ano. Com isso, a economia brasileira entrou em recessão técnica, uma vez que o PIB do país também caiu no segundo trimestre (-0,4%).
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