Sempre que os Estados Unidos estão prestes a divulgar informações sobre a sua economia, os mercados ficam super atentos aos dados. Também não é pra menos, visto que os EUA são a maior economia global. E o mercado de câmbio refletiu isso, com o dólar ficando praticamente estável nesta quinta-feira (2).
A saber, a moeda americana caiu 0,02% e encerrou o pregão cotada a R$ 5,1837. Com o acréscimo do resultado, o dólar agora acumula uma leve queda de 0,07% em 2021 ante o real. Na véspera, a divisa havia tido alta de 0,29%, fechando o dia a R$ 5,1847.
Nesta quinta, a expectativa dos investidores com a divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA ditaram mais uma vez os rumos do pregão. Os operadores não se sentiram muito seguros em fazer grandes apostas, seja vendendo seus dólares, seja comprando mais moedas. Por isso que o resultado ficou perto da estabilidade.
Dados sobre criação de empregos no setor privado sairá amanhã
Em resumo, as expectativas giram em torno dos dados sobre a criação de empregos no setor privado dos EUA em agosto. Ontem (1º), a a ADP divulgou o Relatório Nacional de Emprego, considerado uma prévia dos dados oficiais do país. E os dados vieram bem abaixo das estimativas de analistas.
Por um lado, isso preocupa os investidores, pois mostra que a recuperação do mercado de trabalho americano talvez tenha começado a perder fôlego. Por outro lado, os operadores ficam mais confiantes sobre uma possível decisão do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, de reduzir os estímulos na economia do país.
A propósito, o Fed vem comprando títulos públicos desde o início da pandemia. Com injeções mensais de US$ 120 bilhões, muito desse valor escorre para as bolsas de valores. E os investidores temem que essa chuva de dólares acabe nos próximos meses.
Cenário doméstico também impacta cotação do dólar
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou nesta quinta que a produção industrial do Brasil caiu 1,3% em julho na comparação com o mês anterior. Dessa forma, o indicador voltou a ficar abaixo do nível registrado em fevereiro de 2020, último mês antes da pandemia da Covid-19.
No dia anterior, o IBGE também havia revelado que Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,1% no segundo trimestre deste ano na comparação trimestral. Os próximos meses também não indicam uma recuperação da economia, visto que o Brasil segue enfrentando inflação elevada, crise hídrica e tensões políticas.
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