O dólar fechou o pregão desta quinta-feira (10) em leve alta de 0,10%, cotado a R$ 5,0160. Durante a sessão, os investidores seguiram atentos às notícias vindas do leste europeu. Dados domésticos e do exterior também influenciaram a cotação da moeda norte-americana no dia.
A saber, o dólar acumula uma forte desvalorização de 10,02% ante o real na parcial de 2022. Aliás, a divisa americana continua reagindo à guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou hoje ao seu 15º dia. Os conflitos já deixaram milhares de mortos e feridos.
Este cenário caótico vem impactando a economia global, e os países continuam atentos às consequências da guerra. Em suma, os preços das commodities estão ainda mais elevados devido à guerra, e o Brasil é um dos maiores exportadores globais de commodities. Em outras palavras, os conflitos estão beneficiando as moedas de países exportadores de commodities.
Isso explica a valorização que o real vem conquistando ante o dólar, apesar das preocupações globais. A propósito, os mercados temem que a inflação global suba ainda mais, enquanto o crescimento econômico se enfraqueça. Contudo, estes temores não estão afastando os investidores, que continuam buscando o Brasil para aproveitar os altos preços das commodities.
Dados domésticos também influenciam cotação do dólar
Mais uma vez, o cenário internacional se destacou na sessão. No entanto, os investidores não deixaram de repercutir a divulgação de dados domésticos. Nesta quinta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que as vendas no varejo brasileiro cresceram 0,8% em janeiro deste ano.
Na véspera, os operadores aguardaram um anúncio do governo federal sobre medidas para impedir o aumento dos preços dos combustíveis. Em resumo, a guerra no leste europeu vem impulsionando os preços internacionais do petróleo, e a Petrobras anunciou hoje reajustes expressivos nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.
Por fim, o mercado também reagiu à inflação anual dos Estados Unidos, que bateu um novo recorde em fevereiro. Em síntese, isso fortalece ainda mais as expectativas sobre o aumento da taxa de juros no país agora em março. O Federal Reserve (Fed), banco central americano, deverá apertar a política monetária do país na próxima semana.
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