O dólar comercial voltou a superar R$ 5,00 neste primeiro pregão de julho. A saber, a moeda norte-americana fechou a sessão desta quinta-feira (1º) subindo 1,45%, cotada a R$ 5,0448. Dessa forma, reduziu as perdas parciais em 2021 para 2,75%, após tombar 4,81% em junho.
Em resumo, os investidores passaram o dia na expectativa da divulgação dos dados relacionados ao mercado de trabalho dos Estados Unidos. O Departamento de Trabalho americano deve divulgar as informações nesta sexta-feira (2).
Os mercados aguardam ansiosamente os dados, pois eles são um dos principais indícios em torno da retomada econômica dos EUA. Além disso, o resultado também influencia a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central americano, sobre a política monetária praticada no país.
Vale ressaltar que, por um lado, os investidores comemoram dados mais positivos, pois indicam a recuperação robusta da maior economia do planeta. Por outro lado, dados cada vez melhores podem impactar nos estímulos econômicos realizados pelo Fed, bem como na antecipação da elevação dos juros no país.
Dados internos fortalecem dólar
Antes da divulgação de dados importantes, como os do mercado de trabalho americano, os investidores tendem a não realizar grandes ações. No entanto, o cenário interno continua bastante conturbado e pouco atrativo para os operadores buscarem o real.
Em suma, os desdobramentos da CPI da Covid, que está em curso para analisar as ações e omissões do governo federal contra a pandemia, seguem afetando o mercado de câmbio. A cada dia, novas informações envolvendo a compra irregular de vacinas contra a Covid-19.
Ao mesmo tempo, a semana também trouxe outra preocupação para os mercados globais: a variante Delta do novo coronavírus. A saber, a cepa é mais contagiosa e agressiva, e já vem aumentando o número de casos até em países com um percentual elevado de pessoas imunizadas.
Por fim, a Fundação Getulio Vargas (FGV) também divulgou os dados do Índice de Confiança Empresarial (ICE). A propósito, o indicador subiu 4,3 pontos em junho, para 98,8 pontos, e atingiu o maior nível desde dezembro de 2013. Mas nem estes dados positivos conseguiram impedir o avanço do dólar no dia.
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