O dólar comercial acumulou perdas de 1,20% na semana. A saber, a moeda norte-americana até encerrou o último pregão da semana em alta de 0,74%, cotada a R$ 5,6142. No entanto, o avanço não eliminou a desvalorização acumulada na semana. A divisa ainda está com um forte avanço de 8,23% ante o real em 2021.
Na semana, o que mais repercutiu entre os investidores foi a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ocorreu nos últimos dias 7 e 8. Em resumo, o Copom decidiu elevar em 1,5 ponto percentual a taxa de juros básicos do Brasil, a Selic, que chegou a 9,25% ao ano. Com isso, a taxa atingiu o maior patamar desde julho de 2017 (10,25% ao ano).
A propósito, uma taxa Selic mais alta acaba impulsionando, em geral, os juros praticados no Brasil. Dessa forma, reduz o poder de compra do consumidor e desaquece a economia. O principal objetivo dessa medida é controlar a disparada da inflação, que segue nas alturas há tempos. No entanto, a incerteza para o futuro do país continua preocupando o mercado.
Nesse cenário, o real se beneficia, pois os ativos atrelados à moeda acabam gerando um retorno financeiro maior aos investidores. Por isso, o dólar acabou acumulando perdas na semana. Contudo, nem mesmo isso evitou que a moeda norte-americana avançasse no pregão da última sexta-feira (10).
Veja o que impulsionou o dólar na última sessão da semana
No final de novembro, o temor fez as bolsas globais afundarem assim como no início da pandemia da Covid-19. Isso aconteceu devido à nova variante ômicron, tida como bastante transmissível. Aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarou como uma variante de preocupação e chegou a afirmar que a cepa representava um “risco global muito alto”.
Contudo, dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante ômicron sugeriam que a cepa até conseguia escapar das vacinas, mas não provocava casos graves. Assim, muitos passaram a acreditar que a variante poderia trazer a imunidade de rebanho ao passo que não provocaria muitas perdas.
O problema é que diversos países seguem adotando restrições para conter a disseminação do novo coronavírus. Embora as notícias mais recentes sobre a variante não sejam tão severas como imaginado anteriormente, a sua transmissibilidade é bastante elevada. E os países estão preferindo manter a cautela para evitar o avanço descontrolado da Covid-19.
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