As preocupações com a ‘ômicron’, nova variante da Covid-19, impulsionou o dólar nesta sexta-feira (26). A saber, a moeda norte-americana avançou 0,54% e encerrou o pregão cotada a R$ 5,5948. Contudo, a divisa acumulou leve queda na semana, de 0,24%.
Com o acréscimo do resultado desta sexta, o dólar passa a acumular uma forte valorização de 7,86% ante o real em 2021. E esses ganhos podem crescer ainda mais nos próximos dias com o aumento dos temores envolvendo a nova cepa da Covid-19.
Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a omicron, detectada pela primeira vez na África do Sul, como uma variante de preocupação. Isso quer dizer que a cepa entrou para o seleto grupo das piores variantes já sequenciadas do novo coronavírus.
“Evidências preliminares sugerem uma alta no risco de reinfecção com esta variante, em comparação com as outras versões do coronavírus. O número de casos da B.1.1.529 (ômicron) aparenta estar crescendo na maioria das províncias da África do Sul”, disse a OMS.
O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países do continente africano (África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue). “Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país”, disse Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil. Aliás, a medida será assinada pela Casa Civil e pelos ministérios da Saúde, Infraestrutura e Justiça.
Preocupações antigas continuam no radar e influenciam dólar
Além disso, as preocupações de sempre continuaram no radar dos investidores. Em suma, a PEC dos Precatórios seguiu repercutindo no mercado. A saber, a proposta adia o pagamento dos precatórios (dívidas da União já reconhecidas pela Justiça) e altera o teto de gastos (regra que limita as despesas do governo à inflação de 12 meses).
A PEC deverá gerar ao governo uma folga fiscal de R$ 106,1 bilhões. Assim, haverá mais dinheiro para os gastos do governo em ano eleitoral. Inclusive, a PEC é a principal aposta governista para pagar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família. E o principal objetivo da medida, segundo analistas, é conquistar votos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Por fim, a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que a confiança da indústria do país caiu pelo quarto mês consecutivo. “A retração da confiança ocorre em um momento em que a inflação avança, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores, ao mesmo tempo em que o desemprego continua elevado”, disse Claudia Perdigão, economista da FGV.
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