O dólar comercial encerrou o primeiro pregão de agosto em queda de 0,85% e fechou esta segunda-feira (2) cotado a R$ 5,1652. Com esse resultado, a moeda americana passa a acumular desvalorização de 0,42% na parcial de 2021 ante o real.
Em resumo, o que mais pesou no primeiro pregão da semana foi a expectativa dos investidores com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A saber, os economistas projetam que a taxa básica de juros do país, a Selic, subirá pela quarta vez seguida.
A propósito, a reunião do Copom acontecerá na próxima quarta-feira (4). O encontro definirá a política monetária do país, e a previsão é que a Selic suba 1,0 ponto. Como a inflação segue nas alturas, a expectativa dos economistas é de mais elevações da Selic no decorrer do ano.
Em suma, o aumento da Taxa Selic acaba desaquecendo a economia, uma vez que esse movimento também puxa consigo os juros praticados no país. Com isso, a oferta de crédito fica limitada, pois a população precisará pagar mais juros pelos créditos adquiridos. E isso enfraquece a inflação, que tende a cair.
Veja o que mais influenciou a cotação do dólar
Na manhã desta segunda, o dólar até apresentava uma queda mais expressiva, próxima a 1,50%. No entanto, alguns motivos impediram uma queda mais expressiva da moeda americana na sessão. E o principal deles é a retomada dos trabalhos da CPI da Covid, cujas sessões retornarão nesta terça-feira (3).
A saber, a comissão vem analisando os atos e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia da Covid-19. E os desdobramentos da CPI só aumentam o desgaste do governo Bolsonaro, que se vê cada vez mais envolvido em supostos esquemas de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19.
Por fim, os investidores também não deixam de lado a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Em síntese, o banco manteve a taxa de juros do país estável entre 0% e 0,25%. Contudo, reforçou que os estímulos praticados na economia norte-americana estão chegando perto do seu fim.
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