Em novembro o dólar registrou queda de aproximadamente 6%, é muita coisa! Se antes o dólar chegava próximo dos R$ 5,50, agora a moeda americana está abaixo dos R$ 5,20 (dólar em queda livre). Será que a moeda americana vai continuar caindo?
Novos incentivos econômicos
Se confirmado as expectativas com os novos incentivos dos Estados Unidos, as chances de ver o dólar “barato” são grandes em 2021.
Porém, o Brasil precisa fazer a sua parte. O risco que o investidor estrangeiro está disposto a “tomar” não é infinito, ou seja, se o risco fiscal não for ao menos controlado, as probabilidades de ver um dólar instável são elevadas.
Havendo o controle da parte fiscal com a retomada das reformas na tentativa de melhorar questões como a tributação e legislação de empresas, é possível ver o dólar em queda e alcançando patamares abaixo dos R$ 5,00.
É lógico, tudo isso são suposições. Não há certezas.
Sem incentivos, dólar em alta.
Uma das coisas que pode ajudar muito a bolsa brasileira e a redução do dólar é a entrada de dinheiro do exterior.
Com a entrada de dólares e o aumento da procura por reais, a nossa moeda ganha mais prestigio e consegue equilibrar o valor junto ao dólar.
Um dólar muito alto pode prejudicar o consumo interno e inclusive influenciar na eventual alta da inflação (medida pelo IPCA).
A inflação maior pode influenciar na alta da Selic que por sua vez pode reduzir a procura por crédito no mercado.
Ou seja, menos dinheiro circulando, menos consumo. Assim o Brasil poderia deixar de ser o destino dos dólares vindos do exterior.
Questões como reformas e a política fiscal também podem influenciar de alguma forma o dólar.
Em minha opinião, a manutenção do dólar mais barato pode acontecer através de sinais econômicos mais fortes e de controle fiscal mais rigoroso. A redução do déficit e caminho ao superávit podem ser a solução. Assim, mesmo sem os incentivos vindos dos Estados Unidos, o dólar pode ceder.