Após recuar para R$ 5,00 no pregão de ontem (23), o dólar comercial disparou nesta quinta-feira (24). O dia ficou marcado pelo início da invasão da Rússia à Ucrânia, que causou pânico em todo o mundo e fez as bolsas internacionais despencarem. Por outro lado, a moeda norte-americana se fortaleceu em meio ao caos vindo do leste europeu.
Em suma, o dólar saltou 2,02% na sessão de hoje, para R$ 5,1047. A saber, este é o maior avanço percentual diário desde 8 de setembro de 2021, quando o mercado reagiu às falas golpistas do presidente Jair Bolsonaro em atos de 7 de Setembro. No pregão, a divisa disparou 2,93%.
Com o acréscimo deste resultado, o dólar reduziu a desvalorização no ano para 8,43% ante o real. Aliás, na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,1627, o que representa uma disparada de mais de 3%, mas perdeu um pouco de fôlego e fechou levemente acima dos 2%.
Nesta quinta, a Rússia deu início à sua ofensiva militar contra a Ucrânia. Em resumo, o presidente russo Vladimir Putin autorizou o que ele chamou de “operação especial” em Donbass, no leste da Ucrânia.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse Putin.
Dados do desemprego no Brasil também repercutem no dia
Embora o cenário internacional tenha ditado o rumo do pregão desta quinta, a divulgação de dados domésticos também influenciou a cotação do dólar. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desocupação caiu para 11,1% no quarto trimestre de 2021.
Além disso, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou que a confiança da indústria brasileira caiu pelo sétimo mês consecutivo. Essa é a maior sequência de quedas desde 2014.
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