O dólar comercial fechou mais um pregão em queda. Nas últimas quatro sessões, a moeda americana caiu em três, e nesta quarta-feira (14) não foi diferente. A saber, a divisa tombou 1,81% e fechou o dia cotada a R$ 5,0861, valor bem distante dos R$ 5,2538 registrados no último dia 8.
Em resumo, o que mais repercutiu entre os investidores neste pregão foram as declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. De acordo com ele, o banco segue focando na recuperação do mercado de trabalho do país e que continuará oferecendo “apoio poderoso” à economia norte-americana “até que a recuperação esteja completa”.
Essas declarações elevaram o otimismo dos investidores, que não conseguem deixar as preocupações de lado. Em suma, o Fed vem injetando estímulos na economia americana desde março do ano passado devido à pandemia da Covid-19. Ao mesmo tempo, o banco também reduziu os juros para taxas baixíssimas desde então.
Muito do dinheiro injetado acaba seguindo para as ações de rendas variáveis, aumentando os lucros dos investidores. Enquanto ganham mais, eles pagam menos, uma vez que os juros estão muito baixos. E o medo envolve justamente o encerramento desta política monetária. Por isso, as declarações de Powell repercutiram tão bem entre os investidores.
Dados internos ajudam a enfraquecer o dólar
Já no âmbito doméstico, o que mais pesou foram as atualizações em torno da reforma tributária. Em suma, promessas da continuação da isenção para fundos imobiliários animaram o mercado. Da mesma forma, a possível desoneração de empresas, que podem pagar menos impostos, ajudou a impulsionar o Ibovespa.
Por fim, o Banco Central também realizou pelo terceiro pregão seguido um leilão de swap tradicional no dia. Em síntese, esta operação equivale à venda de dólares no mercado futuro. O leilão aconteceu para a rolagem de até 15 mil contratos, cujos vencimentos são de janeiro e maio de 2022.
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