O dólar comercial encerrou o pregão de hoje (4) caindo 0,32%, depois de passar grande parte do dia em alta. A queda aconteceu devido ao apetite dos investidores por ativos de risco, indicando uma maior confiança na retomada econômica mundial. A saber, a moeda norte-americana recuou para R$ 5,1236, menor nível desde 22 de julho, quando estava cotada a R$ 5,1161.
Em resumo, o dólar acumula perdas de 3,79% na semana, emendando o terceiro resultado semanal seguido de variação negativa. Aliás, na parcial do mês de dezembro, a queda é ainda mais acentuada, de 4,17%. No entanto, a moeda ainda possui uma apreciação de 27,78% em relação ao real em 2020.
Fatores que influenciaram o dólar no dia
No cenário doméstico, vale ressaltar a performance do real, que está apresentando maior apreciação entre seus pares emergentes. Isso vem acontecendo desde o início de novembro, quando ocorreu a eleição norte-americana. Em suma, a expectativa é de que o democrata Joe Biden, recém-eleito à presidência dos EUA, aumente os estímulos para a economia do país. Com isso, haverá maior liquidez nos mercados, o que favorece a compra de ativos emergentes, caso do Brasil.
Além disso, o avanço em relação às vacinas continua dando ânimo aos investidores. A propósito, houve aprovação da vacina no Reino Unido, e a expectativa é que o início aconteça já na próxima semana. Também há divulgação de planos de imunização em diversos países. Ou seja, a vacinação eleva as probabilidades de uma reabertura mais rápida das economias avançadas. Com isso, há o estímulo de aplicação em mercados emergentes, como o Brasil.
Vale ressaltar que os juros estão nos níveis mais baixos já praticados ao redor do mundo. Inclusive, estão negativos em alguns casos. Dessa forma, os investidores acabam evitando a renda fixa e buscam rendimentos potencialmente maiores com ações. E isso acontece com ou sem crise. Em resumo, a sensação de risco global continua caindo, apesar do avanço nas infecções e mortes pela Covid-19.
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