O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira, dia 5, com leve queda de 0,16%. Com o resultado, está cotado a R$ 5,2603. A saber, o recuo não apagou a forte alta registrada na sessão de ontem (1,57%). Por isso, na semana, a moeda americana está acumulando avanço de 1,41%. Já nos últimos 12 meses, o dólar acumula apreciação de 29,69% frente ao real brasileiro.
Hoje, a cautela dos investidores, provocada pelo aumento de infecções e mortes pela Covid-19 ao redor do mundo, puxou o dólar para cima. O risco que ronda o ritmo de retomada da economia mundial provoca receio nos mercados. Ou seja, os investidores fogem de ativos de risco e buscam pelo dólar, tido como um porto seguro. No entanto, houve melhora na busca por risco no decorrer do dia, o que fez a moeda americana recuar no fechamento da sessão.
Cenário doméstico também influencia no dólar
Aqui no Brasil, alguns pontos chamaram a atenção dos investidores. Um deles, como não poderia ser diferente, é a questão fiscal do país. Nesse caso, percebe-se claramente o quanto isso pressiona o câmbio, visto que o desempenho do real ficou pior que o verificado por seus pares emergentes. E isso é mais perceptível em dias de aversão ao risco.
Além disso, o apoio do PT ao candidato do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, à sua sucessão, também inspirou cautela. A propósito, o candidato é Baleia Rossi, do MDB. Em suma, o PT se opõe a reformas e privatizações, e sua bancada é a segunda maior da casa legislativa. Ou seja, o partido configura um importante apoio ao candidato de Maia, provocando receio entre os investidores. E, caso haja vitória de Baleia Rossi, o governo tende a enfrentar muitos problemas.
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