O dólar comercial continua sua trajetória descendente. Na sessão desta terça-feira (1º), a moeda norte-americana recuou 0,65% e fechou o dia cotada a R$ 5,2709. Esse é o menor nível da divisa desde 16 de setembro de 2021 (R$ 5,2654).
A saber, esse é o quarto pregão consecutivo de queda do dólar, que passa a acumular desvalorização de 5,45% em 2022 ante o real. Nesta terça, o dia ficou marcado pelo recuo global da moeda americana. Além disso, o cenário doméstico também contribuiu para enfraquecer ainda mais a divisa.
Em suma, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça a sua primeira reunião de 2022 para definir os juros básicos do Brasil. A expectativa é que a Selic suba 1,5 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano. Caso isso se confirme, a taxa alcançará o maior patamar desde abril de 2017 (11,25% ao ano).
Quanto mais altos os juros no Brasil, mais atraente fica o real. Isso ocorre porque a rentabilidade dos ativos atrelados à Selic passam a pagar mais, o que impulsiona a entrada de recursos no país. Por consequência, o real também avança, em detrimento do dólar.
Divulgação de dados internos também repercutem no dia
Nesta terça, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) revelou que a confiança empresarial caiu para o menor nível em nove meses. Em resumo, a confiança caiu em todos os quatro setores pesquisados em janeiro: serviços (-4,3 pontos), construção (-3,9 pontos), indústria (-1,7 ponto) e comércio (-0,4 ponto).
Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a inflação da indústria brasileira bateu recorde em 2021. A saber, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede a variação dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete.
Por fim, a balança comercial brasileira encerrou janeiro com um déficit de US$ 176 milhões. Embora o recuo seja o quarto consecutivo para os meses de janeiro, o resultado foi o melhor para o primeiro mês do ano desde 2018, quando houve superávit de US$ 1,655 bilhão.
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