O dólar fechou o último pregão da semana estável, cotado a R$ 5,2414. A saber, a moeda norte-americana se encaminhava para mais uma sessão no vermelho, mas conseguiu se recuperar no final do dia. Com o acréscimo do resultado desta sexta-feira (11), a divisa passa a acumular uma queda de 5,98% na parcial de 2022 ante o real.
Esta é a quinta semana consecutiva que o dólar acumula um resultado negativo. O resultado é completamente diferente do registrado no ano passado, quando a divisa fechou o quinto ano consecutivo em alta ante o real.
Nesta sexta, os investidores repercutiram no pregão de hoje o aumento das tensões no leste europeu, que ajudou a fortalecer o dólar nos últimos momentos do dia. Em suma, os Estados Unidos afirmaram nesta sexta que a Rússia reuniu mais tropas perto da Ucrânia e que o país de Vladimir Putin pode invadir a Ucrânia a qualquer momento.
“Um ataque russo à Ucrânia pode começar a qualquer momento e provavelmente iniciará com um ataque aéreo”, disse o conselheiro Jake Sullivan, em uma entrevista coletiva em Washington nesta sexta-feira. “O Ocidente está mais unido do que em muitos anos. Com essas nações unidas podemos vencer qualquer disputa”, acrescentou Sullivan.
Divulgação de dados domésticos também afetam cotação do dólar
No cenário doméstico, os investidores repercutiram os dados divulgados pelo Banco Central (BC) sobre a economia brasileira. Em resumo, o indicador considerado a ‘prévia’ do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apontou crescimento de 4,5% da economia do país em 2021.
No decorrer da semana, o dólar também perdeu força com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A saber, o comitê acredita que a inflação do Brasil estourará a meta em 2022, de 3,50%. Aliás, a taxa pode chegar aos 5,0% que ainda estará dentro do limite superior definido, ou seja, não extrapolará a meta.
Seja como for, o cenário pode fazer o Copom elevar ainda mais os juros no país. Em síntese, juros mais altos no Brasil tendem atrair mais investidores estrangeiros, o que também beneficia o real, em detrimento do dólar. E isso também enfraqueceu a moeda norte-americana nesta semana.
Leia Mais: BC da Rússia eleva juros para 9,5% ao ano para segurar inflação