O dólar continua sua trajetória descendente. Nesta quarta-feira (16), a moeda norte-americana recuou 1,01% e fechou o pregão cotada a R$ 5,1279. A saber, essa é a menor cotação desde 29 de julho do ano passado (R$ 5,0795). Na parcial de 2022, a divisa acumula uma forte desvalorização de 8,02% ante o real.
Por falar nisso, a divisa brasileira apresenta o melhor resultado em 2022 frente a seus pares. Esse resultado é completamente diferente do observado no ano passado. Aliás, o real acumulou perdas nos últimos cinco anos ante o dólar. Isso é um dos fatores que explica a forte recuperação da moeda brasileira, visto que ela só registra desvalorização desde 2017.
Na sessão de hoje, os investidores continuaram mais aliviados com as notícias vindas do leste europeu. Na véspera (15), a Rússia retirou algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia. Em suma, os soldados estavam fazendo exercícios militares e preocupando o mercado, mas o país os enviou de volta para as suas bases.
Vale destacar que não ficou claro para os investidores se essa decisão será temporária ou definitiva. Ainda assim, o otimismo prevaleceu, porque a Rússia anunciou o fim das manobras militares. Com a redução dos temores de uma guerra na região, o dólar acabou fechando mais um dia em queda.
Veja o que mais impactou a cotação do dólar no dia
Além disso, o mercado repercutiu a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. Em resumo, a maioria dos analistas espera uma elevação dos juros em março. Caso isso aconteça, os EUA tendem a atrair mais investimentos estrangeiros, pois a rentabilidade de ativos ligados ao governo cresce, e isso impulsiona o dólar.
Por isso, alguns analistas acreditam que a forte valorização do real nas últimas semanas pode perder força nos próximos meses. De toda forma, vale destacar que o BC do Brasil também vem elevando recorrentemente a taxa básica de juros, que chegou a 10,75% ao ano no início deste mês.
Da mesma forma, os juros mais altos no Brasil acabam fortalecendo o real ante o dólar. Resta saber qual das divisas os investidores escolherão no decorrer deste ano.
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