O dólar comercial iniciou a semana em forte queda de 1,27%, cotado a R$ 5,2531. A saber, esse é o menor patamar de fechamento desde 15 de setembro do ano passado (R$ 5,237). Na parcial de 2022, a moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 5,77% ante o real.
Nesta segunda (07), os investidores se mantiveram ansiosos para a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Em suma, eles esperam conseguir mais detalhes em relação à disposição do BC em continuar apertando a política monetária do país.
Isso porque a reunião do Copom, realizada na semana passada, elevou os juros básicos do país para o maior nível em quase cinco anos. A taxa chegou a 10,75% ao ano para tentar segurar a alta da inflação, que segue nas alturas no país.
Embora os juros já estejam em um patamar bastante elevado, a expectativa é de mais altas até o final do ano. Nesta segunda, o BC divulgou as novas projeções de analistas do mercado financeiro sobre indicadores econômicos do Brasil. E eles seguem acreditando que os juros encerrarão 2022 a 11,75% ao ano.
Além disso, os analistas elevaram a projeção para a inflação do país, que deve encerrar o ano a 5,44%. Já as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro se mantiveram estáveis em 0,30%. Isso mostra que os juros no país devem seguir elevados, enquanto a inflação desacelerará e a economia ficará perto da estagnação. Já o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 5,60.
Veja o que mais influenciou a cotação do dólar nesta segunda
Na sessão de hoje, os investidores também repercutiram a aceleração do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 2,01% em janeiro. A taxa veio acima do esperado (1,78%), pressionada pelo avanço dos preços das commodities e dos combustíveis.
No cenário internacional, os mercado seguem atentos ao Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos. A expectativa é que os juros no país subam quatro vezes em 2022. Nesse caso, o dólar acaba se beneficiando, pois o país passa a registrar maior entrada de recursos estrangeiros. Talvez, por isso, que os analistas do mercado financeiro acreditem que o dólar encerrará o ano cotado a R$ 5,60, taxa bem superior aos R$ 5,25 de hoje.
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