O dólar comercial caiu mais uma vez. A saber, a moeda norte-americana fechou o pregão desta quinta-feira (20) em queda de 0,92%, cotada a R$ 5,4150. Com isso, aumentou as perdas em 2021 ante o real para 2,87%. Na mínima de hoje, a divisa chegou a R$ 5,3780.
A última vez que o dólar encerrou uma sessão abaixo de R$ 5,40 foi em 1º de outubro de 2021 (R$ 5,3684). De lá pra cá, a moeda não caiu para menos que isso, alcançando os R$ 5,74 em 20 de dezembro. Seja como for, a divisa continua perdendo força neste ano.
Na sessão de hoje, o que mais enfraqueceu o dólar foram as preocupações dos investidores em relação à desaceleração econômica dos Estados Unidos. Em resumo, a variante Ômicron continua provocando milhares de casos diariamente no país. Já a média diária de óbitos supera 1,5 mil desde o último dia 7.
Devido a estas notícias sobre a pandemia da Covid-19, o dólar acabou perdendo força no pregão. Isso ocorreu, porque a certeza de elevação dos juros no país em março se transformou em uma grande dúvida.
A propósito, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, fará a próxima reunião em março para encerrar de vez os estímulos na economia americana, que começaram no início da crise sanitária. Além disso, muitos analistas tinham como certa a elevação da taxa básica de juros, que atualmente está entre 0% e 0,25%. No entanto, isso pode não acontecer.
Cenário doméstico continua no radar dos investidores
O cenário externo exerceu mais impacto na cotação do dólar nesta quinta. Contudo, os investidores seguiram atentos aos problemas do Brasil. Em suma, o mercado está de olho nas reivindicações de servidores públicos para aumento de 28% dos salários. Eles fizeram um protesto na última terça-feira (18) e a situação ainda preocupa.
Os investidores temem o aumento de salários, pois isso eleva os gastos públicos. Contudo, a credibilidade fiscal do Brasil ficou bastante afetada no ano passado com a promulgação da PEC dos Precatórios, cujo principal objetivo era financiar o Auxílio Brasil, ou seja, aumentar os gastos do governo federal.
Mesmo com as preocupações internas, os operadores se sentiram seguros para buscar ativos de risco no dia. Diante disso, o dólar fechou o pregão em queda.
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