O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira (20) com queda de 0,37%, cotado a R$ 5,2307. Esse recuo acontece após a disparada registrada na véspera, quando os mercados de todo o mundo evidenciaram as recentes preocupações em torno da pandemia da Covid-19.
Ontem (19), a variante Delta do novo coronavírus mostrou sua força no mercado de investimentos. Em resumo, a cepa é mais transmissível e agressiva que outras variantes e já circula em mais de 111 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A variante Delta, em um cenário no qual nem todos têm acesso à vacina, no qual há o aumento da mobilidade de pessoas, com aglomerações, e retirada de medidas de restrição, é uma loteria mortal que estamos jogando”, disse a líder técnica da resposta à pandemia da OMS, Maria Van Kerkhove. “Essa não é a última variante de preocupação da qual falaremos. Não dizemos isso para assustar as pessoas, mas porque há muito que podemos fazer.”
Dia não teve grandes notícias para impulsionar dólar
No geral, após um forte avanço, os ativos tendem a perder força, e foi isso o que aconteceu com o dólar no pregão de hoje. Na verdade, a agenda econômica do Brasil segue fraca nos últimos dias. Em primeiro lugar, porque a CPI da Covid, que vem investigando ações e omissões do governo federal no combate à pandemia, está em recesso.
Vale destacar que a comissão continua analisando centenas de documentos, mas só voltará a ter sessões no início de agosto. Se você quiser ficar por dentro da CPI, clique aqui! A propósito, é a comissão continua evidenciando a instabilidade do cenário político doméstico, principalmente por causa da divulgação recorrente sobre o governo Bolsonaro e sua gestão bastante criticada no enfrentamento à pandemia.
Por fim, é importante ressaltar que o dólar vem ganhando terreno desde o final de junho. E isso acontece por causa do aumento do temor global com a variante Delta. Muitos mercados mostram preocupação com a possibilidade de novos lockdowns, o que afetaria a retomada econômica mundial. E, por todos os problemas domésticos, o real lidera as perdas frente o dólar, com desvalorização de 7,2% em menos de um mês.
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