Após atingir o maior valor em mais de dois meses na véspera, o dólar recuou 0,21% na sessão desta sexta-feira (13). Com isso, a moeda americana fechou a semana cotada a R$ 5,2452, o que representa leve alta de 0,19% na semana. Aliás, este é o segundo resultado semanal positivo da divisa ante o real.
Além disso, o dólar agora acumula valorização de 0,68% em agosto e de 1,12% no ano. Aliás, nesta sexta, a moeda só caiu porque, na véspera, saltou 0,66%. Na verdade, a divisa americana conseguiu superar suas rivais no último pregão. E, no Brasil, o risco fiscal impulsionou ainda mais a moeda americana.
Na sessão, os operadores continuaram repercutindo a decisão tomada pela Câmara dos Deputados na última terça (10), que rejeitou a PEC do voto impresso. Apesar da derrota, o presidente Jair Bolsonaro continua reafirmando que as eleições de 2022 não serão confiáveis.
Além disso, as preocupações com a situação fiscal do país crescem a cada dia. Os investidores temem que o aumento do valor do Bolsa Família, através do atraso do pagamento dos precatórios, deteriore ainda mais a saúde fiscal do Brasil.
A propósito, a PEC dos precatórios já seguiu para a Câmara no início desta semana. Embora o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha afirmado que a PEC não representa calote aos precatórios, a avaliação do mercado é que essa PEC abre possibilidade para um “orçamento paralelo” do governo federal.
Divulgação de dados internos e externos também influenciam dólar
No dia, o Banco Central divulgou os dados do seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Em resumo, o indicador cresceu 1,14% em junho, o que impulsionou o resultado do segundo trimestre (0,12%) em relação ao trimestre anterior. Assim, houve relativa estabilidade entre os períodos.
Na semana, dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos também repercutiram entre os investidores. Em suma, o número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caíram em 12 mil, para 375 mil. Essas informações seguem confirmando uma forte recuperação do setor.
Por fim, os EUA também divulgaram os dados da inflação em julho. Nesse caso, a taxa desacelerou, mas continua em níveis historicamente altos. Todos estes dados preocupam os investidores, pois aumentam as expectativa de encerramento dos estímulos praticados pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, na economia do país.
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