O dólar comercial encerrou o último pregão da semana no vermelho. A saber, a moeda americana caiu 0,27%, cotada a R$ 5,3737. E o principal fator que enfraqueceu a divisa no dia veio do exterior: a expectativa em relação ao pacote fiscal dos EUA. Isso aconteceu, mesmo com as fortes incertezas internas, longe de chegarem a uma solução.
Em resumo, o novo pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão para a recuperação da economia dos Estados Unidos está em vias da aprovação. Dessa forma, com uma enxurrada de dólares em circulação, os investidores não teriam tanta necessidade de comprar mais moeda estrangeira. Uma oferta mais alta reduziria a preocupação em adquiri-la.
Ao mesmo tempo, vale ressaltar que a aprovação do projeto de autonomia formal do Banco Central (BC) animou o mercado em geral. A saber, a Câmara dos Deputados decidiu favoravelmente ao projeto na última quarta (10). Assim, a pauta seguiu para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Isso também ajudou a enfraquecer o dólar, pois, com a aprovação da autonomia, há esperanças de que a agenda de reformas também seja aprovada.
Cenário doméstico evita queda mais intensa do dólar
Apesar do otimismo vindo do exterior e da notícia positiva da autonomia do BC, o cenário doméstico ainda traz muitas preocupações. A questão do retorno do auxílio emergencial avançou um pouco. Pelo menos, agora, não há mais dúvidas sobre novas rodadas do benefício, mas sim qual o impacto que estas parcelas causarão nos cofres públicos. E, claro, qual mágica precisará ser feita para que as despesas caibam dentro do teto de gastos, sem pedaladas fiscais ou excepcionalidades.
Além disso, o Banco Central (BC) também divulgou nesta sexta-feira (12) os dados sobre o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), tido como uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A saber, o indicador apontou um tombo de 4,05% da economia brasileira em 2020.
Por fim, toda essa situação acontece em meio ao avanço da pandemia da Covid-19 no país. A nova variante encontrada em Manaus está se disseminando entre outros estados brasileiros. O receio aumenta, pois a nova cepa é, supostamente, mais contagiosa. E o ritmo de vacinação da população ainda continua bastante lento.
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