O dólar segue sua trajetória de queda, e, nesta quinta-feira (29), recuou 0,58%, fechando o dia cotado a R$ 5,0792. Com o acréscimo do resultado, a moeda reduziu o avanço acumulado em julho para 2,14%. Já na parcial de 2021, a divisa tem desvalorização de 2,08% ante o real.
Em resumo, os investidores continuaram repercutindo a decisão do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, em manter a meta da taxa de juros de referência do país entre 0% e 0,25%, sem alteração. Isso ocorreu apesar do reforço que a entidade apresentou para encerrar os estímulos à economia americana.
Aliás, o bom humor externo seguiu fazendo os investidores venderem seus dólares para comprar ativos de risco. Como os juros nos EUA seguirão em níveis muito baixos, pelo menos até dezembro de 2022, os operadores se sentiram seguros a irem às compras.
Além disso, o Fed também manteve a compra de títulos no mesmo nível, em US$ 120 bilhões ao mês. E boa parte desse dinheiro escorre para o mercado de ações, ou seja, os investidores aproveitam a chuva de dólares e os poucos juros que precisam pagar.
Dados domésticos também influenciam dólar
No cenário doméstico, a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que a confiança do comércio atingiu o maior nível desde janeiro de 2019. Além disso, a FGV ainda divulgou o índice de confiança de serviços, que também subiu em julho e alcançou o maior patamar desde março de 2014.
Por fim, o mercado ainda aguarda a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve ocorrer na próxima semana. Em suma, o comitê definirá a taxa básica de juros do Brasil, a Selic. As estimativas de economistas apontam para uma elevação de 1,0 ponto. E isso deve ocorrer por causa da expressiva variação da prévia da inflação neste mês.
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