O dólar segue sua trajetória descendente e caiu 0,96% nesta quarta-feira (25) após o tombo de 2,20% na véspera. Com isso, a moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,2113, menor patamar desde o último dia 10 (R$ 5,1967). Isso porque, nos últimos dias, a divisa disparou e chegou a superar os R$ 5,40.
O resultado desta quarta-feira reduziu expressivamente a valorização do dólar ante o real, tanto no mês (0,03%) quanto no ano (0,46%). Aliás, a moeda americana tinha ganhos superiores a 4% ante o real há poucos dias, mas as recentes quedas derrubaram esses números.
No pregão de hoje, o otimismo externo continuou incentivando os investidores a buscarem ativos de risco. Dados positivos do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, divulgados na véspera, ainda repercutiram na sessão.
Ao mesmo tempo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta quarta que os casos e mortes provocados pela Covid-19 se estabilizaram na semana passada após dois meses de alta. No entanto, Adhanom alertou para o “nível muito elevado” dessa estabilização.
Tensões no cenário doméstico se atenuam e enfraquecem dólar
Não que os problemas do Brasil tenham desaparecido de um dia para o outro. Mas os investidores, que sabem bem os riscos fiscais e políticos do país, continuaram a se arriscar nesta quarta, que trouxe um clima mais ameno.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou ontem em um artigo assinado no jornal “O Globo” que “o embate das redes e das trocas de notas oficiais com afirmações e desmentidos não ajuda a encher barriga, não apoia ou acolhe quem precisa, não gera postos de trabalho, não baixa o preço do gás de cozinha ou gasolina, muito menos acelera os números de brasileiros vacinados”.
A Receita Federal também divulgou nesta quarta-feira os dados da arrecadação federal em julho. Em suma, o valor arrecadado por impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 171,270 bilhões, maior valor para o mês desde o início da série histórica, em 1995.
Por fim, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,89% em agosto, maior nível para o mês desde 2002. A saber, o IPCA-15 é a prévia da inflação oficial do Brasil.
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