O dólar comercial encerrou o pregão desta quarta-feira (20) em queda de 0,65%, cotado a R$ 5,5583. A saber, o recuo sucede o forte avanço registrado na véspera, de 1,36%, que fez a moeda norte-americana atingir o maior valor dos últimos seis meses.
Nesta quarta, os investidores continuaram atentos às discussões envolvendo o Auxílio Brasil. Aliás, o dólar disparou no dia anterior apenas pela expectativa da divulgação do valor do programa assistencial, que substituirá o Bolsa Família.
Em resumo, o Auxílio Brasil entrará em vigor no país a partir de novembro. A ideia do governo é retirar a marca do Bolsa Família de circulação, recorrentemente associada ao PT. O objetivo dessa medida é angariar mais votos para Jair Bolsonaro para as eleições presidenciais de 2022.
No entanto, o novo valor do benefício causa verdadeiro temor aos investidores. Em suma, há um problema estrutural nas contas públicas do Brasil, e o aumento do valor médio do programa assistencial, para R$ 400, pode fazer o país ultrapassar o teto de gastos públicos. E esse limite é tido como a âncora fiscal do Brasil, que se encontra deteriorada há tempos.
Veja mais detalhes do Auxílio Brasil e do impacto à cotação do dólar
O ministro da Cidadania, João Roma, revelou nesta quarta que o Auxílio Brasil contará com um reajuste permanente de 20%. Esse aumento se refere ao valor médio pago atualmente pelo Bolsa Família. Contudo, também haverá um “benefício transitório” para que as famílias recebam R$ 400 mensais até o final de 2022.
A expectativa do mercado é de onde o governo retirará dinheiro para financiar o programa. A saber, João Roma não detalhou à imprensa de onde virá o dinheiro. Inclusive, o ministro também não respondeu questionamentos dos jornalistas.
Por fim, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou nesta quarta que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) se manteve estável em outubro.
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