Após três semanas de ganhos, o dólar tombou no acumulado desta semana ante o real. Assim, o mercado de câmbio ficou menos pressionado e o real pôde respirar um pouco mais aliviado. A propósito, a moeda americana caiu 3,47% no período, mas ainda acumula valorização de 0,12% ante o real na parcial de 2021.
Nesta sexta-feira (27), o dólar também encerrou o pregão no vermelho (-1,20%), a R$ 5,1935, contribuindo com a perda semanal. Em resumo, o que mais repercutiu na sessão foram as declarações de Jerome Powell, o presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.
A saber, Powell participou do simpósio econômico anual de Jackson Hole, nos EUA, nesta sexta. No evento, ele não sinalizou quando o Fed modificará a política monetária do país. E os mercados estavam ansiosos há dias para saber justamente qualquer indício sobre a decisão do banco.
Como muitos acreditam que o Fed pode anunciar redução da compra de títulos públicos já na próxima reunião, em setembro, a não sinalização de Powell acabou vista como algo positivo. Assim, os operadores se sentiram mais confiantes em buscar ativos de risco nesta sexta e deixaram o dólar um pouco de lado.
Veja o que mais afetou a cotação do dólar no dia
Além disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou nesta sexta que a confiança da indústria caiu 1,4 ponto em agosto, interrompendo uma sequência de quatro meses de avanço. Em suma, a piora da situação atual do setor puxou o índice para baixo. Já as expectativas para os próximos meses se mantiveram praticamente estáveis.
No dia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acelerou em julho. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, da indústria geral.
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