O dólar comercial fechou o pregão desta terça-feira (15) em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,1802. A saber, essa é a primeira vez neste ano que a moeda norte-americana encerra abaixo dos R$ 5,20. Aliás, a divisa acumula desvalorização de 7,08% ante o real na parcial de 2022.
Na sessão de hoje, os investidores respiraram um pouco mais aliviado com as notícias vindas do leste europeu. Nesta terça, a Rússia retirou algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia. Em suma, os soldados estavam fazendo exercícios militares e preocupando o mercado.
No entanto, a Rússia enviou os soldados de volta para as suas bases. Vale destacar que essa decisão não ficou clara para os investidores se será temporária ou definitiva. Ainda assim, o otimismo prevaleceu e o dólar fechou mais um dia em queda.
Dados internos também influenciam dólar
O mercado também repercutiu a divulgação do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10). Em resumo, o indicador avançou 1,98% em fevereiro, impulsionado por commodities e combustíveis. O índice é responsável por reajustes de contratos de aluguel e planos e seguros de saúde e tarifas públicas, além de medir os preços no atacado.
A saber, o IGP-10 acelerou em relação a janeiro. De acordo com analistas, as recentes quedas do dólar e a consequente valorização do real estão melhorando a percepção dos investidores sobre o Brasil. Assim, novos fluxos de dinheiro estrangeiro está entrando no país.
Ao mesmo tempo, a elevação dos juros no Brasil também aumenta a valorização do real. Em suma, o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano, maior patamar em quase cinco anos. E isso impulsiona os juros praticados no país, tornando os ativos mais atraentes, pois a rentabilidade aumenta. Como consequência, o dólar recua. E isso vem acontecendo nas últimas semanas.
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