A semana começou com a notícia de que o dólar opera em forte queda e está abaixo dos R$5,00. É a primeira vez que isso acontece desde junho de 2021. E mesmo que isso pareça distante da sua vida, essa notícia afeta diretamente o seu bolso e de uma forma positiva. Por isso, é a hora de olhar para a economia brasileira e ver como você pode se beneficiar desse dólar mais baixo.
Além disso, a notícia é boa para os investidores, que podem começar a se posicionar de forma diferente em seus investimentos. Assim, vamos abordar os motivos de um dólar abaixo de R$5,00, bem como traçar as principais previsões do mercado financeiro.
O que levou o dólar a esse preço?
O dólar vem caindo há algum tempo e economistas acompanham a cotação sem surpresas nesse dia. Isso porque esse movimento já era esperado e faz parte do combate à inflação que o Banco Central vem travando nos últimos meses aqui no Brasil. Por isso, o dólar abaixo de R$5,00 não é nenhuma surpresa para quem acompanha o mercado financeiro.
Isso porque a moeda americana vem se desvalorizando frente ao real por conta de diversos fatores. O principal deles é a taxa de juros do Brasil, que está em 11,75%. Para se ter uma ideia, a taxa de juros dos Estados Unidos está em 0,50%. Com essa grande diferença, investidores internacionais vêm para o Brasil para comprar títulos públicos e ganhar dinheiro com isso. Assim, o real fica mais procurado, o que faz o dólar cair.
Contudo, esse não é o único motivo, já que a inflação nos Estados Unidos está no maior patamar em 40 anos. Com isso, os investidores querem sair da economia americana para buscar outros mercados. Outro motivo, mas menor, é o desconto da bolsa de valores brasileira, que também atrai bastante os investidores estrangeiros.
A moeda seguirá caindo?
A perspectiva do mercado financeiro, através do Boletim Focus, prevê um câmbio a R$5,30 no final desse ano. Entretanto, com o dólar a R$4,91 o cenário mostrado é outro. Isso porque o Brasil seguirá aumentando ainda mais a sua taxa de juros até o meio do ano, o que deixa o câmbio mais propenso a cair no curto prazo. Apesar disso, prever o movimento do dólar é complicado.
Contudo, o dólar nesse patamar é bom para o brasileiro. Isso porque os produtos importados pesam menos no bolso das empresas, que terão um custo menor para importar itens em dólar. Dessa forma, isso pode segurar o aumento dos preços internacionais, principalmente do petróleo e do trigo que, com a guerra, subiram muito. Ainda, caso a guerra se defina rapidamente, podemos ter uma queda forte da inflação no país, o que aumentará o poder de compra das famílias.
Por isso, pode-se esperar dois cenários: uma inflação menor que a prevista ou, ainda, uma inflação estabilizada, ou seja, próxima a zero. Em qualquer dos dois cenários, a notícia é excelente para quem sofreu, e muito, com a alta dos preços no último ano.