O Brasil123 vem acompanhando os desdobramentos sobre o assassinato de um jovem brasileiro homossexual em La Coruña, no noroeste da Espanha, na semana passada. De acordo com a Polícia Nacional, nesta sexta-feira (09), dois novos suspeitos, ambos menores de idade, foram apreendidos acusados de terem participado do espancamento que levou Samuel Luiz Muñiz ao óbito.
Antes da ocorrência desta sexta-feira (09), outras quatro pessoas já haviam sido presas. Todas essas são maiores de idade, sendo o quarteto formado por três homens e uma mulher. “Duas novas detenções, ambos menores de idade e de nacionalidade espanhola, relacionadas ao homicídio de Samuel, o que eleva para seis o número de detidos até o momento”, escreveu a Polícia Nacional no Twitter.
A morte de Samuel
Samuel era auxiliar de enfermagem e tinha 24 anos. Ele nasceu no Brasil e foi espancado até a morte no dia 3 em La Coruña, ao sair para fumar em frente a uma balada, revelaram as investigações. De acordo com os relatos, ele foi encontrado inconsciente perto da boate após o linchamento.
Socorristas tentaram reanimá-lo durante horas, todavia, por conta da brutalidade do espancamento, ele acabou não resistindo e morreu por traumatismo cranioencefálico grave causado por um chute na cabeça.
Manifestações pelo país
Depois da morte do brasileiro, uma marcha foi feita na famosa Puerta del Sol, em Madrid, capital da Espanha. Por lá, os protestantes diziam: “justiça para Samuel. Homofobia e fascismo são o mesmo”.
Na reunião, milhares de pessoas estiveram no local para protestar, algumas estavam com bandeiras do Orgulho gay, convocadas por grupos LGTBQIA +. Os participantes gritavam “Justiça para Samuel”.
Desde a morte violenta de Samuel, parentes e amigos da vítima afirmam que o crime aconteceu por conta da homofobia, logo após a Semana do Orgulho na Espanha.
Por conta disso, durante o protesto, os manifestantes gritavam frases como: “não são espancamentos, são assassinatos”. “Acabem com a homofobia”, “tudo o que me importa é viver” ou “eles estão nos matando”.
Além de Madrid, outras cidades do país, como La Coruña, também registraram protestos por conta da triste e violenta morte do brasileiro no decorrer da semana.
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