Após quase duas décadas sem casos da doença, a Varíola dos Macacos foi novamente identificada nos Estados Unidos da América (EUA).
O caso foi confirmado no último dia 19, após um passageiro que viajou da Nigéria para o Texas apresentar os sintomas típicos da doença. Demais passageiros do voo e pessoas que tiveram contato com o indivíduo estão sendo contatadas.
O paciente americano segue hospitalizado em isolamento e sua condição é considerada estável.
Sobre a Varíola dos Macacos
Dentre a mesma família do vírus da Varíola, esta chamada “do macaco” é considerada uma infecção mais branda.
O nome se dá, devido sua descoberta; um surto que aconteceu em uma colônia de macacos, utilizada para pesquisas no ano de 1958.
Ainda não foi confirmada a origem do vírus causador da doença, entretanto, acredita-se que pequenos roedores mamíferos encontrados na África possuem papel significante na transmissão para humanos, inclusive, para outros animais florestais com o macaco.
Casos registrados
Apesar de ter sido considerada erradicada nos EUA em 1977, há casos isolados registrados da doença, principalmente na África. Só em 2017 foram diagnosticados mais de 400 casos na Nigéria.
Fora da África houve também, pequenas manifestações em outros países, sendo 47 casos no ano de 2003 nos EUA, três pessoas no Reino Unido em 2018, uma em Israel no mesmo ano e mais um caso em Cingapura em 2019.
Neste ano, além do caso confirmado no Texas, mais três diagnósticos foram revelados no Reino Unido, inclusive, há investigações para analisar se há relação entre esses pacientes.
Sintomas e transmissão da Varíola do Macaco
Os primeiros sintomas da Varíola do Macaco são semelhantes ao da gripe, porém, o inchaço dos gânglios linfáticos pode estar associado.
Com a evolução da infecção surgem outros sintomas como erupções cutâneas no rosto e no corpo.
Dentre as cepas variantes do vírus, a confirmada nos EUA tem grau de fatalidade de uma a cada cem pessoas. Caso a imunidade do infectado esteja baixa, o risco de morte se torna ainda maior.
Já a transmissão pode ocorrer após a mordida ou picada de um animal infectado, através de consumo de carnes de animais selvagens ou de caça, inclusive, qualquer outro contato direto com animais ou produtos de origem animal infectados.
Além disso, a transmissão de humanos aos humanos acontece por meio de gotículas respiratórios, portanto, o uso de máscara, que vem sendo priorizado durante a pandemia da Covid-19, também pode ajudar a conter esta propagação da Varíola dos Macacos.
Até o momento não há nenhum tipo de tratamento específico para esta doença, entretanto, a vacina contra a varíola já foi usada para controlar surtos anteriores.
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