Os consumidores brasileiros podem começar a pagar mais barato pela carne bovina nos próximos dias. Isso porque a suspensão das exportações da proteína para a China deverá ampliar a oferta da carne no mercado interno. A saber, o país asiático responde por mais de 50% das exportações de carne bovina do país.
Em resumo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou no último sábado (4) dois casos atípicos da doença Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecida como doença da vaca louca. Casos atípicos se referem aos animais que desenvolvem a doença de maneira espontânea, devido à idade avançada.
“Os dois casos de EEB atípica (registrados em Belo Horizonte e Nova Canaã do Norte, no MT) foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e estavam em decúbito nos currais”, informou o Mapa.
Devido ao protocolo sanitário entre o Brasil e a China, o Mapa suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina para o país asiático, maior parceiro comercial do Brasil no setor. No entanto, vale destacar que a suspensão não deverá durar muito tempo.
Em suma, a última vez que o Brasil havia registrado um caso atípico da doença foi em 2019. À época, as exportações da carne para a China ficaram suspensas por 13 dias. Por isso, a expectativa é que a retomada dos envios ao país asiático ocorra nos próximos dias.
Consumidor pode aproveitar preços menores
De acordo com o “Blog da Ana Flor”, ministros do governo afirmaram em reunião na última sexta-feira (3) que as medidas tomadas pelo país foram rápidas. Ainda segundo o blog, as investigações devem concluir que o Brasil continuará com o status de risco insignificante para a doença.
Embora a expectativa aponte para uma rápida suspensão das exportações de carne para a China, os consumidores brasileiros poderão aproveitar preços menores. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a carne bovina acumulou uma forte alta de 38% em 12 meses, até junho deste ano.
Para os consumidores que estejam receosos em comprar carne, o Mapa afirmou que os casos atípicos registrados no país não representam riscos para o ser humano. Em suma, quando há detecção da doença, o produtor deve abater o animal doente e incinerar seu corpo.
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