A dívida pública federal encerrou setembro deste ano com uma marca de R$ 5,443 trilhões, o que representa um recuo de 0,68% em relação ao mês anterior. A saber, a dívida inclui os endividamentos do governo tanto no Brasil quanto no exterior.
Nesse sentido, o Tesouro Nacional emite a dívida pública para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Dessa forma, há a possibilidade de pagar despesas que superam a arrecadação com impostos e tributos. Aliás, a Secretaria do Tesouro Nacional divulgou os dados nesta quinta-feira (28).
Em resumo, os resgates de títulos públicos superaram a a emissão em R$ 90,27 bilhões em setembro. Enquanto isso, as despesas com juros totalizaram R$ 52,92 bilhões no mês. A subtração destes montantes resultou no recuo da dívida pública do país em setembro.
Expectativa do Tesouro é de crescimento da dívida
Embora o valor já represente um valor bastante expressivo, a expectativa do Tesouro Nacional é que a dívida pública cresça nos próximos meses. Na verdade, o órgão acredita que o Brasil encerrará 2021 com uma dívida entre R$ 5,6 e R$ 5,9 trilhões.
Vale destacar que as estimativas haviam recuado em relação à previsão do início do ano, mas voltaram ao mesmo patamar de janeiro em julho. A propósito, a dívida atingiu R$ 5 trilhões no final de 2020, principalmente por causa das despesas realizadas no combate à pandemia da Covid-19 no país.
De acordo com o Tesouro Nacional, o aumento dos juros no Brasil refletiu “a maior aversão ao risco no exterior e no cenário interno, embora a discussão entre poderes para pagamento dos precatórios dentro do limite do teto de gastos tenha contribuído para estabilizar o mercado de juros”.
Por fim, o órgão revelou que houve novo aumento de juros futuros na parcial de outubro. Em suma, isso ocorreu devido às taxas dos leilões de venda de títulos públicos e à percepção de risco fiscal. “Ao longo do mês de outubro, o Tesouro Nacional voltou a ajustar as suas emissões em função das condições de mercado, optando por reduzir os lotes em momentos de maior volatilidade”, disse o órgão.
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