A dívida pública federal encerrou 2021 alcançando a marca de R$ 5,613 trilhões. Isso representa um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. A saber, a dívida em títulos inclui os endividamentos do governo tanto no Brasil quanto no exterior.
Em resumo, o Tesouro Nacional emite a dívida pública para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Dessa forma, há a possibilidade de pagar despesas que superam a arrecadação com impostos e tributos. Aliás, o Tesouro divulgou os dados nesta quarta-feira (26).
A entidade financeira também revelou que, em valores absolutos, a dívida cresceu R$ 604 bilhões na comparação com 2020. Embora o valor seja expressivo, não superou a alta registrada no ano anterior, de R$ 761 bilhões, recorde de endividamento anual do governo.
Pandemia da Covid-19 impulsiona dívida em 2021
O principal fator que impulsionou a dívida nos últimos dois anos foi a pandemia da Covid-19. Em suma, o governo precisou realizar diversos gastos extraordinários para o enfrentamento da crise sanitária.
Aliás, o Tesouro Nacional informou que o governo federal gastou R$ 109,3 bilhões no ano passado para combater a pandemia. Esse valor ficou mais 4,79 vezes menor que o valor gasto em 2020 (R$ 524 bilhões).
Apesar de bastante expressiva, a dívida pública federal não alcançou o teto projetado pelo Tesouro Nacional, de R$ 5,8 trilhões.
De acordo com o subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, o governo já possui recursos para honrar todos os pagamentos de dívida em 2022. Inclusive, ele afirmou que os valores em caixa poderão seguir em caso de tensão nos mercados devido às eleições presidenciais.
“Depois da crise da Ásia e da Rússia [no final da década de 90] e da mudança do câmbio, criou-se a ideia do caixa mínimo para sustentar qualquer volatilidade no mercado. [2022] pode ser um ano mais volátil ou não. Nosso caixa está aí para enfrentar momentos difíceis”, disse Ladeira.
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