A dívida pública federal atingiu R$ 5,73 trilhões em fevereiro deste ano. Isso representa um aumento de 2,03% em relação ao mês anterior. Aliás, este é o quarto mês consecutivo de crescimento do valor, após a redução de 0,68% registrada em setembro.
A saber, a dívida pública em títulos inclui os endividamentos do governo tanto no Brasil quanto no exterior. Em resumo, o Tesouro Nacional emite a dívida pública para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Dessa forma, há a possibilidade de pagar despesas que superam a arrecadação com impostos e tributos.
O Tesouro Nacional revelou que a emissão de títulos públicos superou os resgates em R$ 78,6 bilhões em fevereiro. Isso ocorreu porque a emissão de títulos totalizou R$ 108,9 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 30,3 bilhões no mês. A subtração destes montantes resultou no acréscimo da dívida pública do país em fevereiro.
Vale destacar que grande parte da dívida federal é interna. Na verdade, o estoque de títulos externos é pequeno.
Expectativa do governo é que a dívida cresça ainda mais em 2022
Embora o valor já represente um valor bastante expressivo, a expectativa do Tesouro Nacional é que a dívida pública cresça ainda mais em 2022. Na verdade, o órgão projeta que a dívida do país encerre o ano entre R$ 6 e R$ 6,4 trilhões.
Em 2021, a dívida pública federal cresceu 12% em relação a 2020, chegando a R$ 5,613 trilhões.
Segundo o Tesouro Nacional, o custo médio de toda a dívida pública acumulada em 12 meses subiu de 8,61% ao ano para 8,68% ao ano entre janeiro e fevereiro. Em suma, isso ocorreu devido à alta dos juros no país. A saber, o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juro da economia pela nona vez consecutiva neste mês.
Com isso, a taxa chegou a 11,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017. Aliás, os avanços recorrentes estão acontecendo por causa da inflação elevada no país. Em síntese, o BC promove a alta dos juros para conter a taxa inflacionária do país, encarecendo o crédito e reduzindo o poder de compra do consumidor. Um efeito colateral é a desaceleração econômica.
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