O rendimento médio dos brasileiros que residem em regiões metropolitanas no país caiu para R$ 1.378,35 no quarto trimestre de 2021. A saber, este é o menor valor registrado em dez anos e indica que a população brasileira está empobrecendo cada vez mais.
Embora o valor tenha superado levemente o salário mínimo atual (R$ 1.212,00), algumas metrópoles do país tiveram um rendimento bem expressivo no período. Aliás, a região metropolitana do Distrito Federal liderou o ranking nacional, com uma renda média de R$ 2.022,91 no período.
Em seguida, ficaram as regiões metropolitanas de Florianópolis (R$ 1.895,68), São Paulo (R$ 1.679,80) e Curitiba (R$ 1.559,84). Porto Alegre (R$ 1.521,59), Belo Horizonte (R$ 1.449,57), Rio de Janeiro (R$ 1.444,19) e Grande Vitória (R$ 1.409,83) também superaram a média nacional.
A propósito, estes dados fazem parte de um estudo produzido em parceria por pesquisadores da PUC-RS, do Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Aliás, o levantamento se baseou em dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE.
Grande São Luís tem menor rendimento per capita do país
Muitas metrópoles brasileiras apresentaram um rendimento superior à media nacional. No entanto, a maioria delas ficou com um valor abaixo não só da renda per capita média, mas do salário mínimo vigente no país.
Em resumo, o valor mais baixo foi registrado pela Grande São Luís, de apenas R$ 739,93. A situação também ficou bem complicada para os moradores das regiões metropolitanas de Manaus (R$ 824,94), Recife (R$ 831,66), João Pessoa (R$ 884,96), Maceió (R$ 903,83), Teresina (R$ 936,60), Salvador (R$ 951,12) e Macapá (R$ 996,11).
As outras metrópoles pesquisadas tiveram os seguintes rendimentos: Fortaleza (R$ 1.002,23), Belém (R$ 1.018,83), Natal (R$ 1.024,52), Aracaju (R$ 1.125,22), Vale do Rio Cuiabá (R$ 1.210,83) e Goiânia (R$ 1.347,89).
Estes dados mostram que a situação mais difícil é para os brasileiros que residem nas regiões Norte e Nordeste do país. Por outro lado, os moradores do Centro-Sul do Brasil tiveram uma renda média mais expressiva.
Seja como for, o pesquisador da PUC-RS e coordenador do estudo, Andre Salata, afirmou que “está todo mundo mais pobre” no país, em maior ou menor grau.
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