O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, disse nesta segunda-feira (22) que não haverá racionamento de energia elétrica em 2021. Aliásm Ciocchi também disse que não haverá necessidade para adotar um programa de racionamento em 2022.
“Para 2022, tudo leva a crer, com uma incerteza enorme no meio do caminho, que não haja racionamento. Todos os recursos estão mobilizados”, afirmou o diretor-geral. No entanto, vale ressaltar que especialistas afirmam que o risco de apagões no país, especialmente, nos últimos meses de 2021, é bastante elevado.
Inclusive, o próprio Ciocchi afirmou hoje que há riscos em relação ao suprimento de energia para a população. De acordo com ele, os momentos de pico do consumo de energia em outubro e novembro podem resultar em interrupções temporárias. Contudo, o diretor afirmou que o ONS vem trabalhando para que isso não ocorra.
“A possibilidade de riscos de problemas de pico da demanda em outubro e novembro existe, mas é para isso que fazemos um planejamento diário. Esse é um período mais crítico, mas temos as termelétricas e acreditamos que temos a condição de enfrentar o atendimento de pico com segurança”, garantiu o diretor-geral do ONS.
Crise hídrica do Brasil é a pior em 91 anos
O Brasil vem sofrendo a maior crise hídrica na região das hidrelétricas dos últimos 91 anos. Em resumo, as hidrelétricas respondem por 65% da energia gerada no país, com o Sudeste produzindo 70% dessa energia. E o nível dos reservatórios da região está em 18% da capacidade máxima, justamente porque a crise hídrica se concentra no Centrol-Sul do Brasil.
Isso está fazendo o governo gastar muito mais com termelétricas para continuar atendendo à demanda da população. O problema é que esse tipo de energia, além de mais poluente, é também mais caro. Por isso, os consumidores estão pagando mais para ter energia em casa e ainda correm risco de sofrer com apagões.
Por fim, o governo já publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. Além disso, anunciou em 31 de agosto o programa de redução voluntária do consumo de energia pelo consumidor comum. Tudo para reduzir os riscos de apagões e o racionamento, que até foi eliminado pelo diretor-geral do ONS. Mas não há garantias de que interrupções temporárias não ocorrerão.
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