O ex-presidente Lula manifestou certo temor com a possibilidade de ter seus direitos políticos suspensos na eleição de 2022. Pensando nisso, pediu para que a população se manifeste a seu favor para que possa se candidatar novamente daqui a dois anos. A conversa ocorreu entre os membros do comitê nacional Lula Livre nesta sexta-feira (5).
Em suma, os juristas mais renomados afirmam que, após a suspensão de Moro, todos os processos devem ser anulados. Consequentemente, deve ter, novamente, todos os seus direitos políticos impostos. A questão é que estão analisando somente um dos casos, ou seja, ainda estará faltando a segunda turma do STF analisarem o caso do triplex.
A jornalista Mônica Bergamo afirmou para o Folha de São Paulo: “Mesmo que Sergio Moro seja considerado parcial no julgamento do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá, neste semestre, o petista deve seguir inelegível depois de eventual veredicto contra o ex-juiz”.
Nova perícia e os direitos políticos
Os defensores e advogados do ex-presidente Lula afirmam que houve ilegalidade na condenação do mesmo. Moro, nesta semana, foi condenado pela internet ao liberar áudios e conversas dele no ano de 2016 e 2017. Apesar de alegarem serem falsas e “não manter conversas antigas”, durante todos os momentos auxiliava na denúncia e atos para repercussão.
Lula postou em suas redes sociais um áudio antigo em que perguntava ao juiz se ele seria imparcial no julgamento: “o tempo é senhor da razão”, confirma a equipe na postagem. Os advogados listaram uma série de mensagens escritas pelo procurador Deltan Dallagnol juntamente com seus colegas da lava-jato.
#tbt de 2017, quando Lula perguntou a Sérgio Moro se seria julgado por um juiz imparcial. O tempo é o senhor da razão. #equipeLula pic.twitter.com/Z36yoHaJQa
— Lula (@LulaOficial) February 4, 2021
O ocorrido com Moro e o ex-presidente, leva a muitos eleitores desconfiarem que não houvesse provas concretas para a condenação. Outros, ainda afirmam que Moro o condenou para receber cargos do novo governo. Com receio de não poder se candidatar em 2022 para a presidência devido ao cancelamento dos direitos políticos, convidou para concorrer em seu lugar o acadêmico e político Haddad.