O diesel deverá continuar caro no Brasil por enquanto. Pelo menos é o que indicam os cálculos da Leggio Consultoria. A saber, a Petrobras atualmente vende o combustível a R$ 5,61 para as distribuidoras do país, e não há expectativas sobre a redução do preço.
Nos últimos dias, o preço internacional do petróleo vem caindo para níveis que não eram vistos há meses. Contudo, isso não deverá baratear o diesel no Brasil, pois há outros fatores que continuam impulsionando o seu valor.
Em resumo, as petroleiras não estão parecendo interessadas em aumentar suas produções de petróleo devido ao risco de recessão global. Isso acontece porque, havendo realmente uma recessão, a demanda por petróleo tende a cair, reduzindo também o seu preço. No entanto, com a oferta limitada, os valores do barril podem se mostrar mais competitivos.
Auxílio Brasil é cortado se a pessoa conseguir um emprego?
Queda do preço do petróleo não deverá afetar diesel
De acordo com os cáculos da Leggio Consultoria, o barril de petróleo poderá cair para US$ 92 com o crescimento do temor global com a recessão econômica. Entretanto, ainda assim é improvável que o preço do diesel siga a mesma trajetória e recue no país.
“No diesel, vem ocorrendo um descolamento do preço do derivado em relação ao do barril de petróleo, causado pela demanda crescente pelo combustível neste semestre. Por isso, neste cenário de queda do barril de petróleo, a margem para a redução do diesel seria menor que 5%”, disse o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D’Elia.
Muita gente ficou feliz com o anúncio da Petrobras, que reduziu a gasolina de R$ 4,06 para R$ 3,86 nas refinarias. A saber, essa foi a primeira redução do valor do combustível desde dezembro. Contudo, o diesel continua bem caro no país, com um preço médio de R$ 7,58 no Brasil, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Por fim, a Leggio Consultoria estima que a redução da gasolina fez o preço praticado pela Petrobras no Brasil ficar em linha com o exterior. Já no caso do diesel, o preço no país está cerca de 3% acima da paridade internacional, ou seja, a estatal poderá reduzir o combustível em R$ 0,14 o litro, em média.
Leia também: Auxílio caminhoneiro tem ‘95% de chance’ de ser pago em agosto, diz ministro