Ativistas francesas se reuniram em Paris no último domingo (7) para protestar contra o sexismo e a violência sexual antes do Dia Internacional da Mulher. Grupos também convocaram uma “greve feminista” nesta segunda-feira (8) para defender mais igualdade e direitos das mulheres em todas as partes da vida.
Protestos de rua semelhantes foram organizados em todo o país. Na importante Praça da República, na capital francesa, os ativistas seguraram faixas com os dizeres “pare o feminicídio”, para denunciar o assassinato de mulheres. Na França, 90 mulheres foram mortas por maridos, namorados ou parceiros no ano passado, de acordo com o Ministério da Justiça francês.
Grupos franceses que lutam contra a violência às mulheres fazem uma relação com as medidas de restrição ao coronavírus no país. Os relatos de violência doméstica aumentaram 40% durante o primeiro lockdown em março-abril e 60% durante o segundo em novembro-dezembro, de acordo com as autoridades francesas.
“Devemos continuar a lutar contra a violência, mas também por mais direitos. É importante que nossos direitos nunca cedam, mesmo na França ou em outros países como na Europa ou na América do Sul, porque os direitos das mulheres nunca são adquiridos”, disse uma manifestante.
Dia Internacional da Mulher no mundo
No Oriente Médio, as curdas sírias marcaram a data em um grande evento em Qamichli, no nordeste da Síria. A região é controlada por autoridades semi-autônomas.
“Este encontro é para restaurar a autoconfiança das mulheres, e também para sua educação e desenvolvimento para enfrentar o autoritarismo, a cultura de morte, exílio e assassinato que existe na sociedade, e para proteger os ganhos da revolução”, disse uma das participantes.
Na Rússia, o Dia Internacional da Mulher é feriado. Na cidade de Yekaterinburg, oficiais militares celebraram com uma apresentação de rua por uma banda de música e presentearam mais de mil flores para mulheres.
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