A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Dia dos Namorados movimente R$ 2,49 bilhões em vendas do varejo neste ano. O faturamento representa uma queda de 2,6% na comparação com 2021, quando o volume atingiu R$ 2,44 bilhões.
A saber, esta é a sexta data comemorativa mais importante para o comércio varejista do país em faturamento. De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o recuo anual deverá acontecer devido à situação econômica do Brasil.
Em resumo, a população vem enfrentando taxas elevadas de desemprego, juros e inflação, que enfraquecem o comércio varejista. Aliás, nem mesmo os programas de transferência de renda promovidos pelo governo federal, como o saque extraordinário do FGTS, as antecipações do 13º salário e o Auxílio Brasil, conseguiram impulsionar mais as vendas.
“Todos esses fatores acabaram influindo nas estimativas de vendas para a data. Mas precisamos ter confiança nos resultados dos esforços que as autoridades econômicas estão fazendo, principalmente, em relação ao controle da inflação, que desestabiliza a economia e prejudica empresários e consumidores”, explicou Tadros.
Veja quais setores vão se destacar
A saber, as vendas do ramo de vestuário, calçados e acessórios deverão gerar um faturamento de R$ 1,049 bilhão. Isso corresponde a uma queda de 3,8% na comparação com 2021. No entanto, o segmento deverá responder por 42% do total das vendas no Dia dos Namorados.
Da mesma forma, as vendas do ramo de utilidades domésticas e eletroeletrônicos deverão cair em relação a 2021 (-2,6%), somando R$ 956 milhões, ou 38% do total.
Por outro lado, as vendas de itens de farmácias, perfumarias e cosméticos devem crescer 7,4%, mas os segmentos só responderão por 7% do total do faturamento do comércio varejista em 2022.
Preço dos itens deve ter aumento recorde
Segundo o levantamento, os bens associados ao Dia dos Namorados deverão estar, em média, 10,7% mais caros que os do ano passado. Caso isso se confirme, será a maior avanço anual desde o início da série histórica da CNC, iniciada em 2013.
Veja abaixo os preços que deverão apresentar as maiores altas em relação a 2021:
- Pacotes turísticos (+21,0%);
- Roupas masculinas (+20,65%);
- Flores naturais (+19,4%).
Por fim, vale destacar que o forte aumento dos preços deverá enfraquecer as vendas na data comemorativa. Como o custo dos bens está mais alto, o consumo tende a diminuir, resultando na queda do faturamento.
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