Era uma sexta-feira comum no Japão. Mas aquele dia 11 de março de 2011 entraria para a história do país e do mundo. A nação asiática passou por um terremoto de magnitude 9, um tsunami de ondas gigantescas e uma explosão em uma usina nuclear.
Tudo isso aconteceu dentro de um intervalo de tempo de 24 horas. Tudo começou por volta das 14h46, pelo horário local. O terremoto de magnitude 9 na escala de terremotos foi um dos maiores que o Japão já registrou em sua história.
Pesquisas indicam que o Japão é o país com o maior nível de preparação para terremotos. Mas a preparação não serviu de nada naquele dia. O terremoto elevou a tensão para a possibilidade de um tsunami no Oceano Pacífico.
E aconteceu. As placas se movimentaram de tal maneira que o mar acabou subindo muito de nível. Várias ondas se formaram e essas ondas atingiram o leste do país. Mais de 18 mil pessoas morreram por causa desse tsunami. Mas ainda havia outro temor: o de que esse tsunami prejudicasse a usina nuclear de Fukushima.
E aconteceu. As grandes muralhas que os japoneses construíram para proteger a usina não adiantaram. A água entrou e o processo de resfriamento falhou. Já era noite naquele dia 11 quando jornalistas da BBC anunciavam para o mundo que houve uma explosão em um dos reatores da usina.
Tragédia de Fukushima
De lá para cá, o país ainda tenta se recuperar do caos. Cerca de 160 mil pessoas tiveram que deixar as suas casas por causa da radiação de Fukushima. A área segue em isolamento. E a água da usina está em reservatórios.
Aliás, dez anos depois o Japão ainda não sabe o que fazer com ela. Jogar no Oceano é uma opção. Uma opção que não agrada os ambientalistas, mais ainda assim uma opção. Uma década depois, o Japão ainda tenta se curar daquele dia. Mas as cicatrizes dele seguem firmes.
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