A floresta amazônica é reconhecida como um banco de recursos que fornece uma gama de serviços ecológicos, não apenas para tribos e comunidades locais, mas também para outras partes do mundo. Além disso, a floresta amazônica é a única floresta tropical que nos resta em termos de escala e diversidade. No entanto, à medida que as queimadas de florestas e o aquecimento global crescem, o impacto do desmatamento na Amazônia continua a destruir gradualmente o frágil processo ecológico.
Estudo atual mostra diminuição
Em comparação com o mesmo período de 2020, o desmatamento na região amazônica diminuiu 19%. Os dados são do sistema Deter-B do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que realiza a detecção de desmatamento em tempo real, apresentados pelo Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Em entrevista coletiva acompanhada por Anderson Torres, Ministro da Justiça e Segurança Pública, Leite enfatizou que desde o início da série histórica de 2016, novembro de 2021 é a menor área de alerta de desmatamento na Amazônia.
Segundo o Ministro do Meio Ambiente, os números são resultado do amplo trabalho entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Justiça, o Ministério da Segurança Pública e o Ministério da Defesa Nacional, no combate aos crimes ambientais na região amazônica.
Desmatamento da Amazônia no acumulado do ano
Embora o número de registros de desmatamento em 2021 seja menor em relação ao mês de novembro, tendo em vista a comparação com o mesmo período, o desmatamento da Amazônia atingiu sua maior taxa anual no período de 15 anos. De acordo com o Inpe, a região perdeu mais de 13.000 km² de floresta tropical entre agosto de 2020 e julho de 2021. Se realizar uma comparação, veremos que as áreas desmatadas são equivalentes à área de Connecticut, nos Estados Unidos.
Como resultado, esta é a pior perda anual desde 2006, quando a bacia amazônica brasileira cobria mais de 14.000 km². Importante destacar que, anteriormente à posse do presidente Jair Bolsonaro, a área de desmatamento na Amazônia nunca ultrapassou mais de 5.000 km² em mais de uma década. Por essa razão, desde que se tornou presidente em 2019, Bolsonaro vem minando a proteção ambiental do Brasil, minimizando o declínio das florestas tropicais e enfrentando pressões internacionais para reverter a situação.
Qual a importância da Amazônia?
As árvores possuem propriedades ocultas e desempenham um papel fundamental na redução dos níveis de poluentes. Tomando como exemplo, peguemos o dióxido de carbono (CO2), um gás emitido de fontes naturais e humanas. Nos últimos 150 anos, os humanos têm emitido grandes quantidades de CO2 na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, carvão, petróleo e gás natural, sendo um dos principais motores da mudança climática global.
Em condições naturais, as plantas removem CO2 da atmosfera e o absorvem para a fotossíntese. Este é um processo de geração de energia que produz Oxigênio, que é liberado de volta ao ar e carbono, fazendo as plantas crescerem. Em suma, se não houvesse a floresta amazônica, o efeito estufa poderia ser maior e as mudanças climáticas futuras podem piorar.