A desinformação está lançando uma sombra sobre a eleição presidencial do Brasil. O atual presidente de direita do país, Jair Bolsonaro, e seus aliados têm se mostrado hábeis em inundar as redes sociais com teorias da conspiração sobre seu rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as declarações do atual presidente estão as alegações de que o sistema de votação eletrônica do Brasil pode ser fraudado e que o país deve retornar às cédulas de papel para eleições limpas, democráticas e honestas.
Apesar disso, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informou que não houve desacordo na primeira rodada de testes de integridade das urnas eletrônicas.
Sobre o teste de integridade
Utilizado desde 2002, o teste de integridade simula a votação normal da eleição, realizado nos tribunais eleitorais distritais no dia das eleições. Desse modo, o objetivo é verificar se o voto emitido é o mesmo que o voto registrado pela urna eletrônica. Através do teste com 640 votos aleatórios e retiradas das seções eleitorais, a votação do teste de integridade é filmada e, finalmente, o inspetor verifica se há urna corresponde ao voto inserido.
Além disso, o ministro afirmou que não houve divergência sobre o projeto-piloto de biometria para a eleição no DF, com 58 urnas e em mais 20 estados. “Da mesma forma, não houve nenhuma divergência, 100% de aprovação no teste de integridade com biometria”, disse.
Desinformação como parte da eleição presidencial
Infelizmente, o Brasil não é estranho à desinformação como parte da campanha eleitoral. Durante a primeira candidatura presidencial de Lula, em 1989, os pastores protestantes o chamaram de “diabo”, enquanto um rival de direita advertiu que ele confiscaria os ganhos privados se eleito.
Mais adiante, Lula perdeu a eleição para o favoritismo de Fernando Collor de Mello, apenas para milhares de brasileiros observarem o então presidente congelar suas contas bancárias e afundar a economia em turbulência. A diferença é que, com a onipresença das redes sociais, internet banda larga e smartphones, esquadrões partidários vem fabricando mentiras no intuito de desmoralizar seus rivais.
Como resultado, a integridade do sistema eleitoral brasileiro está sob ataque diante de uma crescente desconfiança na democracia por parte de alguns dos mais ávidos produtores e consumidores de conteúdo de mídia social do mundo.
Bolsonaro confiante no segundo turno
Jair Bolsonaro está agora no segundo turno da eleição presidencial, não apenas como um sobrevivente, mas encorajado a superar as previsões de nove pesquisas independentes que previam que Lula venceria o primeiro turno em uma vitória esmagadora. Seja por erros no método de seleção da amostra e uma falha no controle de mudanças demográficas, em um país polarizado, pouco importante, declarações pós-verdade podem carregar o peso de escrituras.