Os bancos do país já renegociaram mais de R$ 8 bilhões em dívidas de seus clientes até então inadimplentes. De 17 de julho a 11 de agosto, o programa Desenrola Brasil renegociou mais de 1,2 milhão de contratos de dívidas, o que tira todos esses brasileiros da lista de inadimplência. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Por isso, hoje vamos entender se ainda dá tempo de renegociar as dívidas com o banco, além de entender quais débitos podem ser quitados pelo Desenrola Brasil.
Ainda dá tempo de aderir ao Desenrola Brasil?
Sim, o programa Desenrola Brasil segue vigente em todo o país. Com isso, milhões de brasileiros ainda podem aderir ao programa e limpar o nome de forma imediata. Isso porque os bancos são obrigados a retirar o nome do cidadão da lista de inadimplência logo após a renegociação. Contudo, especialistas afirmam que isso, apenas, não basta.
Isso porque as renegociações precisam ser efetivas. Com isso, o parcelamento deve ser de um valor que caiba no bolso do cidadão, de modo que ele consiga, de fato, quitar o débito. Por isso, os bancos costumam dar boas condições de pagamento, estendendo prazos e diminuindo as taxas de juros da operação.
Apesar disso, ainda é preciso analisar esses dados. Isso porque os juros cobrados podem ser altos, gerando a ilusão de que a dívida está ficando barata. Ainda, quanto maior o prazo do parcelamento, maior será o pagamento dos juros. Por isso opte, na medida do possível, por pagar a conta em um prazo curto.
Quem pode renegociar as dívidas?
Muita gente ainda pode aderir ao Desenrola Brasil de forma simples. Isso porque basta ir até as instituições bancárias e solicitar a renegociação das dívidas. Dessa forma, existem algumas categorias no Desenrola Brasil que podem ajudar você a se encaixar nas negociações.
Além das dívidas de R$ 100, que não serão usadas para negativar os nomes, as outras dívidas serão divididas em duas faixas no Desenrola Brasil:
- Faixa 1: renegociação de dívidas de até R$ 5.000. Para isso, o cidadão deverá usar recursos próprios ou deverá aderir a uma linha de crédito, com um banco credenciado, com um juros de 1,99% ao mês em até 60 vezes. Para participar, é preciso receber até 2 salários mínimos e estar inscrito no CadÚnico. Apesar da novidade, financiamento imobiliário não entra na quitação.
- Faixa 2: exclusiva para dívidas adquiridas com bancos. Diferentemente da faixa 1, nessa o governo não dará suporte à recuperação dos débitos. Para fazer a renegociação, os bancos precisarão cobrar o menor valor entre o saldo contábil no Desenrola e nas diferenças temporais.
Por isso, se você tem alguma dívida pendente, procure a instituição para renegociar o débito. Você pode limpar seu nome de forma simples e, com isso, voltar a ter acesso a todo o sistema financeiro do país.