Em entrevista concedida à EBC nesta quarta-feira (2), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou os avanços do Programa Desenrola Brasil, que considera inédito e sem precedentes na história do país.
“Começamos ‘desnegativando’ 7,5 milhões de dívidas de até RS 100 reais, o que deve corresponder a 3,5 milhões de CPFs e quase 3 milhões de dívidas renegociadas. E nossa expectativa é de que as dívidas bancárias possam atingir até R$ 50 milhões de reais. Temos muito espaço até o final do ano, quando termina o programa, para a renegociação”, avaliou.
Haddad ressaltou que os bancos têm interesse em fazer essas renegociações e que os descontos oferecidos podem chegar até 96% da dívida.
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Desenrola Brasil
O ministro lembrou que o governo federal está fazendo, pela primeira vez, um programa para combater uma crise de inadimplência no país.
Além disso, sinalizou que, para além do Desenrola Brasil, outras medidas estão sendo tomadas para equacionar esse problema.
“Primeiro precisamos sanar o estoque de dívidas herdadas de 2022. Temos 70 milhões de negativados. Nunca houve na história do país um legado tão ruim, do ponto de vista de crédito. O Desenrola tem um primeiro objetivo que é resolver esse passado. Ele também oferece um curso de educação financeira para que as famílias possam compreender como funciona o sistema de crédito e não cair em armadilhas”, ponderou.
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Novas iniciativas
Junto ao Desenrola, o Ministério da Fazenda investe em outras iniciativas para diminuir o custo do crédito para os brasileiros.
A saber, na terça-feira (1º), teve aprovação no Senado o PL 2.250/23, que viabiliza empréstimos com garantia de cotas de fundos de previdência.
Há também o novo Marco de Garantias, que tramita para última avalição da Câmara dos Deputados.
“Vamos fazer uma transição para um sistema que seja mais sustentável do que esse, que está prejudicando a parte mais frágil da sociedade”, afirmou.
Por fim, a melhora do ambiente econômico, nesses seis primeiros meses de governo, foi também abordada na entrevista.
Para o ministro, houve um choque de credibilidade no país. A inflação, que estava a mais de 10%, hoje está na casa de 3,2%; e o dólar, que chegou a atingir o patamar de R$ 6 no governo anterior, hoje está a cerca de R$ 4,73.
Ainda mais, Haddad mencionou que foi necessário tomar medidas duras, do ponto de vista fiscal, para trazer o déficit público para um patamar cada vez menor e mirar, assim, o equilíbrio das contas públicas.
Com informações do Ministério da Fazenda
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