Informações reveladas pelo Bradesco nesta sexta-feira (21) mostram que o banco já retirou da lista de negativados mais de meio milhão de pessoas desde o lançamento do Desenrola, programa de negociação de dívidas criado pelo governo federal.
Magazine Luiza, Extra, Ponto Frio, Marisa, Assaí e Hipercard aderem ao DESENROLA
De acordo com a instituição financeira, até a quinta-feira (20), o banco já havia limpado o nome de 580 mil pessoas – como havia correntista com mais de duas dívidas nesse valor, o total de débitos atrasados que tiveram baixa na negativação chegou a 621 mil CPFs.
Conforme o Bradesco, os correntistas com dívidas maiores podem fazer a renegociação pessoalmente ou pelo site. Na página do Bradesco, por exemplo, é possível checar quais dívidas estão em atraso e fazer simulações para escolher a melhor forma de renegociação. Hoje, além do Bradesco, estão participando do Desenrola as seguintes instituições financeiras:
- Banco do Brasil;
- Nubank;
- Caixa Econômica Federal;
- Itaú Unibanco;
- Santander;
- E C6 Bank.
No começo da semana, Fernando Haddad afirmou que o Desenrola pode “limpar o nome” de até 2,5 milhões de pessoas físicas que estão com débitos de até R$ 100 com banco – segundo o chefe da pasta, esses números têm como base os clientes ligados aos principais bancos do país.
Na ocasião, o ministro havia relatado que esse volume final de nomes limpos iria depender da adesão do Nubank ao programa – hoje, o banco digital possui, sozinho, um milhão de CPFs negativados por baixos valores – assim como publicou o Brasil123, o banco confirmou participação no programa, que vem sendo bastante elogiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Recentemente, inclusive, Lula sugeriu que Fernando Haddad e sua equipe econômica merecem ganhar o prêmio Nobel da “desenrolação” caso o programa Desenrola dê certo. Na visão do presidente, está acontecendo é uma revolução.
“Todo mundo que tem uma dívida de R$ 100 já vai ser facilmente resolvido”, afirmou, lembrando que as pessoas que ganham até R$ 20 mil por mês já podem negociar suas dívidas com os bancos e que “no mínimo 72% da população” brasileira que está endividada, além de permitir que esse público volte ao mercado de consumo.
Lula tem relatado também que as pessoas que ficarem com o nome limpo novamente devem ser conscientes e não gastar o que não tem. “Se tiver que fazer uma dívida, você tem que saber se ela cabe dentro do seu orçamento. Se ela couber, você faça. Depois que você pagar uma, você faz outra para não ficar sufocado no Serasa, como tem muita gente hoje no Brasil”, disse.
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