O desemprego no Brasil segue em queda, mas a quantidade de pessoas procurando uma ocupação ainda está elevada. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, a taxa de desocupação ficou em 9,3% no segundo trimestre deste ano.
A saber, esse percentual é o menor para o período desde 2015 (8,4%). Na comparação com o trimestre anterior, a taxa de desemprego no país caiu 1,8 ponto percentual (p.p.). Já em relação ao segundo trimestre de 2021, o recuo foi ainda maior, de 4,9 p.p.
“A retração da taxa de desocupação no segundo trimestre segue movimento já observado em outros anos. Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa taxa foi provocada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre”, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Em resumo, os dados refletem a retomada do mercado de trabalho do país. Contudo, as dificuldades ainda são muito grandes. A saber, a população desocupada totalizou 10,1 milhões de pessoas no segundo trimestre. Esse é um dos maiores números entre as grandes economias mundiais.
Por sua vez, a população ocupada no Brasil chegou a 98,3 milhões. O número é recorde da série iniciada em 2012 e representa um acréscimo de 8,9 milhões de pessoas com alguma ocupação no país em relação ao mesmo período de 2021.
Também vale ressaltar que o nível de ocupação foi estimado em 56,8%, maior nível para o período desde 2015 (57,4%). A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
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Entenda a PNAD Contínua
Segundo o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. A saber, isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país e desemprego, entre outros pontos.
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