Há poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a situação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, não é nada boa. Isso porque vieram à nota denúncias de servidores, que afirmam existir uma tentativa de interferência do governo federal no órgão.
Por conta disso, nesta quarta-feira (17), deputados que compõem a bancada de oposição ao governo anunciaram que pediram o afastamento de Danilo Dupas, presidente do Inep, do cargo.
A polêmica envolvendo o órgão começou na semana passada, quando mais de 35 servidores do Inep deixaram seus cargos. Algumas dessas pessoas saíram afirmando que estava havendo uma tentativa de interferência política na formulação do exame. O motivo: evitar questões que poderiam incomodar o governo.
Já na segunda-feira (15), outro fato levantou ainda mais suspeitas da suposta interferência. Isso porque, ao ser questionado sobre a situação no órgão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, agora, as questões do Enem “começam a ter a cara do governo”.
Apesar de revelada nesta quarta (17), a ação foi protocolada, segundo o líder do PT, Elvino Bohn Gass (RS), na noite de terça-feira (16). Segundo ele, foi pedido o afastamento do presidente do Inep tanto no Ministério Público do Trabalho (MPT), por assédio moral, quanto no Ministério Público Federal (MPF).
Além do presidente do Inep
De acordo com a “Globo News”, não é somente o presidente do Inep que está na mira dos parlamentares. Outro que também é foco dos deputados é Milton Ribeiro, ministro da Educação.
Segundo a emissora, fontes afirmam que os parlamentares querem obrigar que o ministro dê explicações sobre uma suposta interferência no órgão e, consequentemente, no Enem. O requerimento para a convocação de Milton Ribeiro deverá ser votado nesta quarta (17).
Não suficiente, os deputados querem criar uma Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação do Inep e a realização do Enem. Todavia, esse tema ainda não está bem explicado e, segundo as informações, não deve ir para frente.
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