Nesta última segunda-feira (3), o deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL) protocolou um pedido de impeachment contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o congressista, o requerimento foi protocolado devido à declaração sobre a “democracia” do governo de Maduro na Venezuela.
“Ao afirmar que a Venezuela é uma democracia não é condizente com dignidade, a honra e o decoro do cargo ocupado, praticando, portanto, crime de responsabilidade”, disse Bilynskyj, criticando o presidente Lula.
De acordo com texto do requerimento, Lula atacou o cidadão conservador ao afirmar que “deve combater o patriotismo”. Dessa forma, para o Delegado, Lula incorre em crime de responsabilidade por atentar contra o direito constitucional do “exercício dos direitos políticos, individuais e sociais”. Confira abaixo:
“Ser patriota e expressar o patriotismo são direitos fundamentais e individuais de cada cidadão brasileiro. O patriotismo é um sentimento de amor, lealdade e dedicação à pátria, à nação a qual pertencemos. Não é admissível confundir o conceito de patriotismo com o conceito de nacionalismo extremista ou exclusivismo”, disse o Delegado Paulo Bilynskyj
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Deputados entendem que presidente faltou com decoro
Ao todo, além de Paulo Bilynskyj, outros 27 deputados assinaram o requerimento de impeachment, sendo a maioria do PL, partido do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. Além do PL, compõem as assinaturas deputados de três outros partidos: Republicanos, Podemos e Patriota.
Nesse sentido, os deputados entendem que um presidente da República afirmar que a Venezuela é uma democracia “não é condizente com a realidade, a honra e o decoro do cargo ocupado”. Com isso, durante todo o documento os deputados reforçaram a prática de crime de responsabilidade por Lula, motivando assim um impeachment.
Relembre a declaração de Lula sobre a democracia
No final de maio, o presidente Lula recebeu, em Brasília, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro com honras de chefe de estado. Durante a ocasião, Lula fez críticas aos EUA devido ao embargo econômico aplicado sobre a Venezuela, classificando a atitude como “pior do que uma guerra”. Além disso, Lula afirmou mais de uma vez que foi construída uma “narrativa” contra a Venezuela.
Além disso, um mês após a visita de Maduro, Lula se reuniu com líderes partidários e de movimentos sociais da esquerda da América Latina na 26ª edição do Foro de São Paulo, que ocorreu também em Brasília. Durante seu discurso, o presidente afirmou ter “orgulho” de ser chamado de comunista. Posteriormente, em entrevista à Rádio Gaúcha, ele afirmou que o “conceito de democracia é relativo”, ao defender o governo de Nicolás Maduro.
“O conceito de democracia é relativo para você e para mim. Eu gosto de democracia, porque a democracia que me fez chegar à Presidência da República pela 3ª vez”, disse Lula.
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