Deputados e senadores defendem a ampliação da campanha de prevenção ao câncer de colo do útero e, por isso, o Congresso Nacional deve criar nos próximos dias uma Frente Parlamentar em Defesa da Saúde das Mulheres.
O pedido de criação da frente foi apresentado nesta terça-feira (07) pela deputada Renilce Nicodemos (MDB). Antes disso, a proposta recebeu 205 assinaturas, sendo necessária agora a aprovação de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, para que o grupo possa começar os trabalhos.
Em entrevista ao portal da Câmara, Renilce Nicodemos, além de destacar que a pauta é importante e está sendo promovida na semana da Mulher, também revelou que pretende se reunir com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ainda neste mês. Segundo ela, o intuito será discutir o tema e a ampliação da campanha que visa prevenir a doença.
Hoje, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo do útero atinge de 13 a 25 mulheres a cada 100 mil. Não suficiente, o INCA ressalta que, neste ano, existe a previsão de que surjam 17.010 novos casos da doença, que é o terceiro tipo de câncer mais incidente em mulheres.
“Vamos estar em uma agenda com a ministra ainda este mês para apresentar a ela todos os riscos, os números que com certeza ela tem, mas iremos justamente fazendo questão de apresentar a ela a frente e com certeza nós vamos estar lutando para que isso volte com propagandas, falando da importância da prevenção, campanhas, o quanto a campanha vai colaborar com a frente e com o Ministério da Saúde”, disse ela.
Outro projeto visando à saúde da mulher
Hoje, parlamentares também estão organizando a realização de um congresso que funcionaria no próximo dia 26 de abril e reuniria autoridades de todos os estados para mostrar iniciativas que atuem na área de prevenção da saúde da mulher.
De acordo com Renilce Nicodemos, esse grupo também visa criar um observatório Social da Saúde da mulher para analisar dados e auxiliar na elaboração de políticas públicas nessa área.
“Através do observatório iremos colher dados a nível federal, estadual e municipal, tratar desses dados e analisar estas informações a fim de elaborar normas mais eficazes, políticas de saúde que sejam capazes de contemplar as verdadeiras necessidades em saúde de cada lugar, ajudando com isso o poder executivo tanto municipal quanto estadual e federal”, disse a deputada.
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