André Fernandes (PL), deputado apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem tentado angariar apoio de parlamentares para a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que visa investigar os atos de 08 de janeiro.
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Assim como publicou o Brasil123, na data em questão, apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto – em atos sem precedentes na história do Brasil.
Um caso curioso na solicitação é que André Fernandes está entre os 11 deputados federais citados em uma ação no Supremo Tribunal Federal por “participação ou apoio e divulgação de atos golpistas e terroristas”.
Depois dos ataques, um grupo formado por advogados foi até o STF afirmando que “não é aceitável ou imaginável que pessoas que tenham sido eleitas como representantes do povo em um regime democrático, por meio de eleição livre, possam apoiar, incentivar e mesmo participar de atos que atentem contra o Estado democrático de Direito”.
Na ocasião, os advogados pediram até mesmo a suspensão da posse dos deputados citados, em um pedido que foi negado pelo STF.
Em seu pedido, o deputado afirma que a criação de uma CPMI teria como foco “apurar se houve a efetiva emissão de alertas, quando foram feitas, quem as recebeu e quais providências foram praticadas”. Ainda na solicitação, utilizando-se de notícias publicadas na imprensa, o deputado relata que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) havia alertado sobre os riscos de violência na véspera de ataques em Brasília.
Hoje, 73 deputados assinaram o documento. No senado, alguns senadores que apoiam Bolsonaro também manifestaram apoio, mas apenas líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), oficializou a assinatura. Para que seja possível a abertura de uma CPMI, será preciso que um terço do total do número de parlamentares em cada casa legislativa assine o documento, ou seja, 27 assinaturas no Senado e 171, na Câmara.
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